Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Varíola dos macacos: secretário da Saúde confirma transmissão local no Rio

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Rodrigo Prado, afirmou nesta sexta-feira (24) que já há transmissão local da varíola dos macacos na cidade.

Na noite de quinta (23), a secretaria tinha notificado mais dois casos no município. São dois homens, de 25 e 30 anos, que não viajaram para o exterior nem tiveram contato próximo com viajantes.

“Os nossos dois confirmados aqui ontem [quinta] não têm história de viagem, não têm história de contato com caso suspeito ou confirmado”, disse Prado. “O que configura transmissão local.”

Até a noite dessa sexta, o município do Rio tinha confirmado três casos. Todos apresentam boa evolução clínica, seguem em isolamento domiciliar e em monitoramento diário, assim como os seus contatos próximos, que não apresentaram sintomas. São Paulo tinha confirmado a transmissão local na última quinta.

Transmissão e cuidados

A Monkeypox é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo.

A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, com posterior cicatrização. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. O período de incubação é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

O diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste deve ser realizado em todos os pacientes que forem enquadrados na definição de caso suspeito. As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência.

Para evitar que haja um estigma e ações contra os Primatas Não Humanos (macacos), o Ministério da Saúde optou e orienta por não denominar a doença no Brasil como varíola dos macacos. Embora tenha sido identificado originalmente em animais desse gênero, o surto atual não tem relação com ele

Apesar do estrangeirismo, uma tentativa de solucionar a situação foi a de usar a denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS): Monkeypox. Segundo a pasta do Governo Federal, isso tem o intuito de evitar desvio dos focos de vigilância e ações contra os animais.

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