Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Vice-presidente da República Hamilton Mourão diz que ministro da CGU deu “aloprada” na CPI da Covid por reação a “deboche” de senadores

O vice-presidente, Hamilton Mourão, defendeu nesta quarta-feira (22) o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, ouvido na terça (21) na CPI da Covid no caso Covaxin, que ofendeu a senadora Simone Tebet (MDB-MS) chamando-a de “descontrolada”. Segundo o general, o ministro é uma pessoa séria, mas “deu uma aloprada” durante o depoimento. Ele alegou que é “perfeitamente normal” alguém reagir diante de “desaforos” dos parlamentares.

“É aquela história: o cara lá não estava submetido a um interrogatório. Tem uns que têm mais paciência para aguentar, vamos dizer, os desaforos que são ditos ali, e tem outros que não têm. Então, o Wagner aguentou até um determinado ponto e, em outros pontos, acabou dando uma aloprada. Eu acho perfeitamente normal uma pessoa reagir”, apontou a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.

“A pessoa tem que ter muito sangue frio para poder aguentar o deboche que muitas vezes é colocado ali (na CPI da Covid), né? Ainda mais que eu conheço bem o Wagner. O Wagner é uma pessoa séria”, continuou.

Segundo Mourão, os senadores acabam ofendendo as pessoas ouvidas na comissão. “Lamentavelmente alguns dos senadores procuram, dentro das suas perguntas, em vez de perguntarem objetivamente, acabam ofendendo a pessoa que está lá ou fazendo uma volta ao mundo. É aquela história, todos são políticos, todos estão de olho ali. É uma exposição. Depois (isso) faz com que as pessoas se lembrem na hora de apertar o numerozinho (na urna), lá na votação”, acrescentou.

“Perneta”

Por fim, defendeu o fim da CPI da Covid e acusou os parlamentares de não falarem sobre as boas ações do governo. “Eu acho que aquilo que tinha que ser investigado já foi investigado. Eles têm plenas condições de apresentar um relatório. Acho que a CPI, a finalidade dela era investigar as ações do governo na pandemia, e ela se concentrou única e exclusivamente nessa problemática de cloroquina, de vacina. Não olhou para o governo em termos de apoio à economia e ações sociais. Acho que ela ficou perneta nisso aí”, declarou.

Queiroga

Mourão também disse nesta quarta acreditar que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tenha embarcado para a 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) já contaminado com a covid-19. O chefe da pasta foi diagnosticado na noite de terça com a doença e cumpre quarentena de 14 dias em Nova York.

“O ministro já deve ter saído daqui (com o vírus). Pelo que a gente conhece em termos de contaminação, contaminação leva de cinco a sete dias, né? Ele tava há dois dias nos Estados Unidos. Acho que o PCR não foi exigido para os vacinados. Não tenho essa noção essa informação, né. Então acredito que ele já saiu daqui carregando o vírus”, alegou.

Questionado se faltou “zelo” por parte da comitiva que viajou aos Estados Unidos, o vice negou. “Ah, eu acho que não porque as mesmas coisas acontecem aqui (no Brasil). Você vê, quantas solenidades ocorrem aqui no Palácio (do Planalto), com uma porção de gente, uns com máscara, outros sem máscara, né? Até num ambiente muito mais confinado. Acho, volto a dizer, posso até estar enganado, mas acho que o ministro Queiroga já saiu carregando o bichinho”, concluiu.

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