Sábado, 27 de julho de 2024

Volodymyr Zelensky anuncia contraofensiva ucraniana, mas sem fornecer detalhes

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mencionou nesse sábado (10) “operações contraofensivas” de seu exército “no front”. No entanto, preferiu manter o mistério sobre o ataque que está sendo preparado há meses contra a Rússia com a ajuda de países ocidentais.

“Operações contraofensivas e de defesa estão em curso na Ucrânia, mas não entrarei em detalhes”, disse Zelensky, em coletiva de imprensa, ao lado do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que realiza uma visita a Kiev. “Eles estão todos em um estado de espírito positivo”, reiterou o líder ucraniano, referindo-se a seus generais. “Diga a Putin.”

As declarações foram feitas após o presidente russo, Vladimir Putin, afirmar que a contraofensiva ucraniana havia começado, mas se deparava com uma sólida resistência. Segundo ele, as forças de Kiev sofreram perdas significativas e não estão conseguindo atingir seu objetivo.

Depois de elogiar, na noite de sexta-feira, o “heroísmo” dos soldados ucranianos envolvidos em “duros combates”, Zelensky pediu neste sábado que não se dê crédito às declarações de Putin. “É preciso ter confiança nos nossos militares, e eu confiança neles”, frisou.

Kiev está sendo ambígua sobre sua estratégia, muito provavelmente para tentar surpreender o inimigo. No entanto, militares russos relatam ataques há cerca de seis dias, alguns com equipamentos fornecidos por países ocidentais, principalmente contra as forças da Rússia no sul da Ucrânia.

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou um vídeo mostrando uma coluna de tanques e veículos blindados de fabricação ocidental destruídos. Segundo Moscou, as imagens foram feitas em Donetsk, no leste da Ucrânia.

No entanto, o porta-voz do Comando do Leste do Exército ucraniano, Serguii Cherevati, indicou, em entrevista a um canal de TV, que suas tropas conseguiram avançar 1.400 metros ao redor da cidade de Bakhmut depois que a Rússia reivindicou sua captura em maio.

Destruição da barragem

Na frente diplomática, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em visita a Kiev nesse sábado, culpou a Rússia pela destruição da reserva hidrelétrica de Kakhovkva, no sul da Ucrânia. O ataque causou a inundação de dezenas de cidades e vilarejos às margens do rio Dnieper.

“Não temos dúvidas de que a destruição da represa é uma consequência direta da decisão da Rússia de invadir o país”, declarou Trudeau ao lado de Zelensky, sem acusar Moscou diretamente pelas explosões que destruíram a barragem. Até agora, ambos os lados se acusaram mutuamente pela ação.

De acordo com o último balanço do Ministério ucraniano do Interior, cinco pessoas morreram nas inundações consequentes da destruição da barragem, e 27 foram declaradas desaparecidas nas áreas sob controle ucraniano. As autoridades de ocupação russas relataram, por sua vez, pelo menos oito mortes.

A população foi retirada de ambas as margens do rio Dnieper onde, segundo o balanço ucraniano, há 78 cidades inundadas, 14 delas em território ocupado.

Também no sul, a cidade portuária de Odessa, às margens do Mar Negro, foi atacada por drones ao amanhecer, deixando três mortos e 26 feridos, segundo as autoridades locais.

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