Terça-feira, 23 de abril de 2024

150 minutos de exercícios semanais têm efeito de remédio para diabates

A Federação Internacional de Diabetes (IDF) divulgou números recentes que preocupam: um em cada dez adultos convive com o diabetes. Em todo o mundo, já são 463 milhões de pessoas com a doença. A mudança no estilo de vida, com uma alimentação mais saudável e a prática de exercícios físicos, é a principal alternativa para prevenir e controlar o problema.

Segundo o endocrinologista Roberto Zagury, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o exercício pode ajudar também na prevenção para as pessoas com pré-diabetes, porque quem está nessa situação tem em torno de 58% de chances de abrir um quadro de diabetes. Para pacientes com o tipo 2 da doença, a atividade física funciona como tratamento. Se a pessoa fizer pelo menos 150 minutos por semana, terá uma redução nos níveis de glicose semelhante a se estivesse usando uma medicação.

Existem muitos questionamentos sobre o melhor exercício para os pacientes com a glicose alterada. “O melhor exercício é o que a pessoa gosta de fazer, porque a gente tem uma chance de adesão no médio e no longo prazo muito maior”, explica Zagury.

Ainda segundo o especialista, qualquer tipo de exercício serve para tratar o diabetes, mas os aeróbicos, como natação, corrida, bicicleta, são os mais eficientes para reduzir os níveis de glicose. Entretanto, exercícios de força também ajudam.

“Hoje, já dá para afirmar que ambos são eficientes e devem ser realizados conjuntamente”, reforça o médico.

Uma outra dúvida que chega aos consultórios com frequência é o dilema entre fazer exercício ou dieta.

“Pensando em termos de hemoglobina glicada, ou seja, em termos de redução dos níveis de glicose, a dieta de maneira geral funciona melhor, e em termos de peso também. Mas o ideal é que tanto dieta, quanto atividade física façam parte do dia a dia dos pacientes”, alerta o endocrinologista.

Para quem descobriu que tem diabetes recentemente e quer começar uma atividade física, o ideal é procurar um cardiologista para fazer uma avaliação apropriada.

“Algumas pessoas, quando descobrem o problema, ficam com muito medo de começar a fazer exercícios e ter um problema cardíaco durante a prática da atividade, mas são eventos extremamente raros. O importante é que a pessoa sedentária não comece com exercícios de alta intensidade, e sim vá progredindo dia após dia”, explica Roberto Zagury.

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