Quinta-feira, 18 de abril de 2024

A gordura dos alimentos derivados do leite faz bem ao coração

Consumir uma boa quantidade de gordura láctea está associada a um risco menor de doenças cardiovasculares em comparação com quem ingere pouco dela. Esse é o resultado de um estudo feito por pesquisadores do The George Institute for Global Health (Instituto George para Saúde Global, em tradução livre), na Austrália.

No trabalho, os pesquisadores combinaram os resultados coletados com 4.150 suecos, além dos dados de 43 mil pessoas que participaram de 17 pesquisas semelhantes nos EUA, Dinamarca e Reino Unido.

A quantidade de gordura láctea ingerida foi medida pelos níveis de alguns ácidos graxos presentes no sangue. Este modo de quantificar foi escolhido para evitar que os voluntários precisassem lembrar da quantidade de laticínios consumidos anteriormente, o que é bem difícil, já que produtos derivados do leite são usados em variados tipos de alimentos. A medição por exame de sangue, dizem os pesquisadores, foi capaz de fornecer informações mais objetivas sobre a ingestão de gordura láctea.

O consumo de leite e laticínios na Suécia está entre os mais altos do mundo. Os voluntários foram acompanhados por 16 anos, em média, para ver quantos tiveram ataques cardíacos, derrames ou outros problemas circulatórios graves, e quantos morreram por alguma outra causa durante este tempo.

Depois de ajustar estatisticamente para outros fatores de risco conhecidos de doenças cardiovasculares, incluindo informações como idade, renda, estilo de vida, hábitos alimentares e outras doenças, o risco de doença cardiovascular foi mais baixo para aqueles que tinham altos níveis de ácido graxo (refletindo, portanto, alta ingestão de gorduras lácteas). Aqueles com os níveis mais elevados também não tiveram risco aumentado de morte por outras causas.

Os trabalhos não quantificaram o impacto, mas iluminam os conceitos sobre o tema entre os especialistas. Há ainda polêmica em relação à gordura dos derivados do leite. Algumas diretrizes dietéticas defendem que o correto é que os consumidores escolham produtos lácteos com baixo teor de gordura.

Os autores do estudo destacam, inclusive, que a ação desse tipo de gordura também depende do tipo da comida em si (queijo, iogurte, leite e manteiga, por exemplo). Isso porque também apresentam uma ótima quantidade de outros nutrientes que podem fazer parte de uma dieta saudável.

Os próximos passos dos estudos será detalhar o efeito da gordura isoladamente por alimento e compará-la com a gordura vinda dos frutos do mar, nozes e azeites, largamente comprovada ser extremamente benéfica à saúde.

Os efeitos da gordura monoinsatada, que já foi condenada pela ciência, hoje são sacramentados. Além de fortalecer o sistema cardiovascular, ela fortalece os ossos e tem propriedades anti-cancerígenas, por exemplo. Nos ossos, ela permite melhor absorção de vitamina D. Contra tumores, pode participar do processo de morte de células da doença, sobretudo quando atinge a doença e a próstata.

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