Terça-feira, 21 de maio de 2024

Apple marca evento em junho e aumenta apostas em educação

A Apple está investindo em uma nova frente de crescimento no Brasil: as escolas. Em um segmento altamente disputado por outras gigantes do setor, a dona do iPhone quer aumentar sua presença no segmento com o desenvolvimento de novos programas voltados para professores e alunos criados especificamente para o país em linha com a Base Nacional Comum Curricular.

As apostas no setor vão ganhar impulso ainda a partir de junho, quando a empresa vai reunir centenas de desenvolvedores e estudantes de todo o mundo no chamado WWDC, que ocorre de 10 a 14 de junho na sede da companhia, nos EUA. Na ocasião, além do anúncio do novo iOS 18, a Apple promove uma competição entre estudantes e empreendedores de todo o mundo, com o Swift Challenge.

Um dos mercados prioritários em todo o mundo, o Brasil é um dos 45 países onde a companhia investe no segmento que inclui o uso de produtos e serviços da própria companhia nas instituições do ensino. A Apple já conta com 17 mil professores no país, e a expectativa é de crescimento, com o foco na ampliação no número de escolas. Além de iPhones, iPads e Macs, a companhia se prepara para incluir na lista o Vision Pro dentro das salas de aula, produto lançado recentemente nos Estados Unidos.

Na área educacional, a estratégia é ampliar o aprendizado de tecnologia, com noções de codificação entre os jovens, e estimular o desenvolvimento criativo de aplicativos de olho no avanço de novas tecnologias como realidade aumentada. De olho ainda na jornada dos universitários, o Brasil reúne ainda dez das 17 academias de desenvolvedores ao redor do mundo, por onde já passaram mais de quatro mil alunos.

A aposta feita pela Apple é uma das estratégias que vem sendo usadas pelas gigantes do setor, de estimular a criação de mão de obra na área de tecnologia. Estudo da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação revela um déficit de profissionais na área. Até 2025, o Brasil vai precisar de 540 mil novos profissionais de TI, mas o país forma por ano apenas 53 mil.

O programa educacional das empresas ganhou impulso extra no meio da pandemia, com o ensino remoto. De acordo com a Apple, por exemplo, há modelos de aulas com mais de 120 tutorias de aplicativos da companhia, além da troca de informações com outros professores ao redor do mundo.

Para Eduardo Napucemo, especialista em tecnologia, o investimento na área educacional é um dos pilares das empresas de tecnologia. Ele lembra que é uma oportunidade ainda para fortalecer o contato dos mais novos com produtos e serviços das empresas. Ele lembra que os projetos na área de codificação vem sendo criados de acordo com a Base Nacional Comum Curricular.

“É uma área extremamente competitiva. Todas as empresas investem pesado no segmento, com projetos educacionais. A tecnologia impulsiona todos os setores neste momento e as habilidades de codificação podem ajudar os alunos a se expressarem e a se prepararem para o futuro.”

Segundo Leila Coimbra, professora de pedagogia da PUC-SP, o uso de tecnologia na área educacional é um caminho sem volta e desafio para as instituições de ensino. Ela lembra que a pandemia colocou todo o setor em uma nova fase, na qual os educadores passaram a conviver com soluções como Google Workspace e Microsoft Azure, entre outros, que são integrados a diversas marcas de tablets e laptops.

“O mais importante ainda é que todas essas plataformas se comuniquem entre si. Estamos falando de novas habilidades que até então não existiam há pouco tempo, como inteligência artificial, mídias sociais e desenvolvedor de aplicativos. É algo que precisa ser fomentado desde cedo na sala de aula. Por isso, estamos vendo o avanço de programas de formação voltados para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação nas escolas pelo próprio governo federal.”

Além disso, a realidade aumentada e, futuramente, a inteligência artificial vão se tornar realidade dentro do conteúdo juvenil, diz ela.

“Então, é usar um sistema de videoconferência com novas capacidade de linguagem. Ou os próprios alunos testarem um aplicativo capaz de fazer medições em tempo real e entender como lidar com isso. E já estamos vendo isso na prática.”

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