Quinta-feira, 28 de março de 2024

Avião, ônibus e mototáxi: como Zé Trovão entrou no Brasil sem ser preso

O bolsonarista e líder caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, fez uma longa jornada com viagens de avião, ônibus e mototáxi, desde o México até a fronteira do Brasil com o Paraguai, para conseguir entrar no país sem ser preso pela Polícia Federal.

Dessa forma, Zé Trovão retornou para Joinville (SC) no domingo, cidade onde mora a sua família, e ficou com eles até se entregar à PF nesta terça-feira, para que fosse finalmente cumprida a ordem de prisão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em 1º de setembro.

Ele foi alvo de prisão a pedido da Procuradoria-Geral da República sob acusação de incentivar atos antidemocráticos no 7 de setembro, mas essa prisão não chegou a ser efetuada porque ele havia fugido para o México. Ficou quase dois meses foragido.

De acordo com fontes e investigadores que acompanharam o paradeiro de Zé Trovão, ele deixou o México de avião na sexta-feira à tarde rumo a Lima, capital do Peru, onde desembarcou às 22h15. De lá, fez uma conexão no sábado de manhã para Santiago, no Chile, onde pegou outro avião até a capital paraguaia Assunção, desembarcando às 17h20 do sábado.

Apesar de existir um mandado de prisão em aberto contra ele, a Interpol ainda não havia incluído o nome de Zé Trovão na lista de pessoas internacionalmente procuradas. Por isso, ele podia embarcar e desembarcar normalmente nesses países.

A próxima etapa, para entrar no Brasil, tinha que ser por terra, para que ele não fosse interceptado pela Polícia Federal na fronteira. Segundo essas fontes, Zé Trovão saiu de ônibus de Assunção para percorrer cerca de 320 km até Ciudad del Este, cidade paraguaia na fronteira com o Brasil. Atravessou de mototáxi para Foz do Iguaçu – o uso do capacete foi um dos atrativos para essa travessia, para que ele não fosse reconhecido pelas autoridades.

Já dentro do Brasil, Zé Trovão foi de carro até Joinville – uma distância de 765 km. Chegou na cidade catarinense no domingo e ficou lá com sua família até a manhã de terça-feira, quando se entregou. Seu retorno foi planejado em acordo com seus advogados, que o convenceram a se entregar para que, então, a defesa pudesse solicitar ao ministro Alexandre de Moraes a substituição da prisão por outras medidas cautelares.

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