Sexta-feira, 29 de março de 2024

Baixo nível da água por causa da estiagem deixa navios encalhados no Guaíba e Lagoa dos Patos. Embarcações já foram retiradas

No final da tarde desta sexta-feira (21), equipes da Capitania dos Portos e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) conseguiram desencalhar um navio de carga que havia ficado preso em rocha do leito do Guaíba, em Porto Alegre.

O acidente aconteceu no dia anterior, quando outra embarcação também permaneceu retida em banco de areia na Lagoa dos Patos. Em ambos os casos, o baixo nível da água por causa da estiagem foi determinante.

A embarcação paralisada próximo à capital gaúcha transportava 300 toneladas de soja com destino a Rio Grande e chegou a realizar manobra evasiva para alterar o curso durante o trajeto, a fim de evitar uma combinação de neblina e bancos de areia.

Para liberá-la, foi preciso transferir a mercadoria para outro navio, com o uso de um guindaste. Não houve necessidade de rebocamento. Conforme a Fepam e a Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul (PortosRS),  houve danos ao tanque de lastro, mas sem vazamento de óleo.

Rio Grande

No caso da Lagoa dos Patos (Região Sul do Estado), a situação foi registrada próximo à Ilha da Feitoria e São Lourenço, sendo e resolvida horas depois por uma equipe da Superintendência dos Portos, utilizando rebocadores. Outros veículos fluviais tiveram que aguardar a operação (que durou cerca de três horas) para poderem prosseguir.

Trata-se de um navio com bandeira de Singapura (Ásia) e que transportava cerca de 13 mil toneladas de fertilizantes, rumo a Porto Alegre. Não houve transtornos ao trânsito fluvial e nem dano ambiental por vazamento do produto químico ou óleo na água.

Coincidência

Os dois encalhes ocorreram exatamente um ano após um cargueiro procedente de Malta e de grande porte encalhar no Guaíba, próximo ao Cais Mauá (Centro Histórico). Naquela ocasião, o navio vinha de Rio Grande com mais de 10 mil toneladas de fertilizantes e acabou saindo do canal ao passar pelo trecho.

Conforme relatos colhidos pela Marinha, o problema foi motivado não pela estiagem – causa que chegou a ser cogitada – mas sim por uma manobra destinada a abrir passagem a dois barcos menores.

Além disso, a embarcação transitava no canal com o máximo do limite permitido em relação à profundidade do local, que é de 5,18 metros.

A retirada exigiu o apoio de diversos rebocadores, que trabalharam em conjunto durante um dia inteiro, após o fracasso na tentativa de realizar a operação com apenas dois veículos fluviais desse tipo.

(Marcello Campos)

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