Sábado, 12 de julho de 2025

Bolsa sobe e dólar fecha a R$ 4,87, com dados de inflação e exterior no radar

O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, sendo impulsionado pelo avanço dos papéis da Petrobras, dos bancos, e da Vale. Já o dólar terminou o dia em queda, acompanhando o movimento de desvalorização da moeda americana no exterior ante divisas fortes e contra pares do real. A moeda norte-americana caiu 0,56%, negociado a R$ 4,8719, após atingir a mínima de R$- 4,8582.

No pregão, os investidores repercutiram os dados do IPCA-15 de novembro, que vieram acima do esperado, mas demonstraram abertura benigna. O índice DXY, que mede o comportamento do dólar contra uma cesta de moedas fortes, caía 0,46%, aos 102,73 pontos, por volta de 17h, no horário de Brasília.

No pregão, os investidores repercutiram os dados do IPCA-15 de novembro, que vieram acima do esperado, mas demonstraram abertura benigna. Na cena externa, eles monitoraram falas de dirigentes do Federal Reserve, BC americano.

O Ibovespa subiu 0,64%, aos 126.538 pontos.

“Apesar do IPCA ter vindo acima do esperado, alguns pontos foram positivos. Acabou não preocupando muito o mercado e não trouxe um estresse maior nas curvas de juros. Já está bem definido cortes de 0,50 ponto percentual (na Selic) em dezembro e janeiro”, disse o sócio da One Investimentos, Rafael Schmidt.

Destaques

De olho na agenda de indicadores nacional, o principal destaque desta terça ficou com o IPCA-15, que subiu 0,33% em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número veio acima do esperado pelo mercado, que projetava um aumento de 0,30% do indicador no mês, e também representa uma forte aceleração em comparação ao observado em outubro (0,21%). No acumulado de 12 meses, a prévia da inflação subiu 4,84%.

O principal impacto para o IPCA-15 veio do grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 0,82% em novembro. Nesse caso, o impulso veio principalmente do segmento de Alimentação no domicílio, que rompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas e subiu 1,06% no mês.

Ainda entre os indicadores, os novos dados do Caged de outubro também ficaram no radar. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a economia brasileira abriu 190,4 mil empregos com carteira assinada no mês passadomês passado, uma alta de 18,8% frente ao mesmo período de 2022.

No exterior, as atenções mais uma vez ficaram voltadas para o cenário de juros nos Estados Unidos. O diretor do Fed, Christopher Waller, sinalizou que qualquer corte nos juros norte-americanos não teria “nada a ver com a tentativa de salvar a economia ou a recessão”, mas com o objetivo de garantir que a política monetária do país não se torne excessivamente rígida à medida que a inflação recua.

“Se observarmos que a desinflação continua por mais alguns meses — não sei quanto tempo pode ser, três meses, quatro meses, cinco meses — você poderia então começar a reduzir a taxa básica só porque a inflação está mais baixa”, afirmou o diretor ao think tank American Enterprise Institute.

O diretor do BC norte-americano destacou, no entanto, que os preços dos EUA ainda estão “muito altos” e que “é muito cedo para dizer se a desaceleração será sustentada”.

Além disso, Waller também reiterou que “há uma incerteza significativa sobre o ritmo da atividade futura” e que ainda não é possível dizer com certeza se o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) “fez o suficiente para alcançar a estabilidade de preços”.

Entre os indicadores, investidores repercutiram os novos dados do indicador de confiança do consumidor nos Estados Unidos e seguiram na expectativa pelos números de inflação e atividade do país, que devem sair nos próximos dias.

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