Segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Deputado de Goiás que disse merecer prisão recua e pede ao ministro Alexandre de Moraes para não ser preso

O deputado estadual Amauri Ribeiro, do partido União Brasil-GO, se dirigiu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que ele negue qualquer “eventual pedido de prisão” que possa ser feito contra si. O parlamentar reagiu a uma nota do colunista Lauro Jardim, que informava que a Polícia Federal (PF) planejava pedir a sua prisão devido à sua admissão de ter ajudado manifestantes dos atos de 8 de janeiro.

Em manifestação protocolada na sexta-feira, os advogados de Ribeiro afirmam que suas palavras foram retiradas de contexto e que ele ajudou apenas “os mais necessitados” que estavam acampados em frente a um quartel do Exército em Goiânia. Além disso, Ribeiro destacou que considera “criminosos” aqueles que participaram dos atos de 8 de janeiro, em Brasília.

Na petição, a defesa também argumenta que a Constituição de Goiás determina que deputados só podem ser presos “em flagrante de crime inafiançável” e que a prisão deverá ser confirmada pela Assembleia Legislativa em até 24 horas.

A equipe de advogados liderada pelo ex-senador Demóstenes Torres afirma: “Dada a apresentação dessas explicações, solicitamos a rejeição de qualquer eventual pedido de prisão preventiva contra o requerente, uma vez que tal medida é inadequada e desnecessária.”

Durante um discurso na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) na última semana, Ribeiro declarou que ele também “deveria estar preso” por ter ajudado no acampamento em questão.

“A prisão do coronel Franco é um insulto a cada cidadão honesto deste Estado. Ele foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a financiar aqueles que estavam lá. Podem me prender, eu sou um criminoso, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, aos olhos de vocês. Eu ajudei. Eu forneço comida, água, dinheiro. Eu acampei lá e também estive na porta. Porque sou patriota.”

Essa declaração foi feita em defesa da libertação do coronel Benito Franco, preso pela Polícia Federal em abril durante uma das fases da Operação Lesa Pátria, que investiga as manifestações do dia 8 de janeiro. Franco foi solto na quinta-feira (8), dois dias após o discurso de Ribeiro.

Após a repercussão negativa, Ribeiro afirmou que suas palavras foram distorcidas e que os acampamentos apoiados por ele haviam terminado antes de 31 de dezembro, sem qualquer relação com os ataques à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.

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