Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Entenda como funciona o Domo de Ferro, sistema de defesa aérea de Israel

As Forças Armadas israelenses afirmaram nesse sábado (13) que o Irã iniciou um ataque iminente contra o país, lançando “dezenas de drones” em direção ao território do Estado judeu. O episódio marca uma grande escalada de tensões no Oriente Médio. Em operação desde 2011, Israel conta com um sistema antimísseis conhecido como Domo de Ferro, que recentemente interceptou milhares de foguetes disparados de Gaza.

O sistema de defesa foi projetado para deter em pleno ar mísseis que adentrem o território israelense. Os dispositivos inimigos são detectados por meio de um radar, e o sistema rapidamente calcula se o foguete deve cair em uma área habitada ou atingir uma infraestrutura importante. Caso represente uma ameaça, mísseis são disparados para atingir o artefato inimigo.

O sistema de radar é capaz de detectar foguetes entre 4 e 70 km de distância. Já os mísseis podem defender uma área de 150 km². Segundo Israel, o sistema tem 90% de eficiência.

Na última quarta-feira (10), Israel usou pela primeira vez um sistema de defesa antimísseis marítimo para derrubar um drone que se aproximava do Mar Vermelho, ativando sirenes na cidade portuária de Eilat. O país posicionou navios com mísseis no Mar Vermelho após o início da guerra em Gaza. Uma das das embarcações derrubou o drone com o novo sistema, chamado C-Dome.

O C-Dome é a versão naval do Domo de Ferro e utiliza os mesmos interceptores. Ele complementa o sistema de defesa aérea de múltiplas camadas de Israel em relação ao Arrow-3, que é projetado para interceptar mísseis balísticos fora da atmosfera terrestre.

Ataque iraniano

A ofensiva – que ocorre após ameaças de retaliação pelo bombardeio ao Consulado iraniano em Damasco no início de abril, atribuído a Israel – foi inicialmente reproduzida pelos principais sites de notícias israelenses e mídias internacionais, e posteriormente confirmada pela mídia estatal do Irã.

“O Irã lançou drones de seu território em direção ao território do Estado de Israel”, disse o porta-voz das Forças Armadas, Daniel Hagari, em comunicado televisionado. “Estamos trabalhando em estreita cooperação com os Estados Unidos e nossos parceiros na região para agir contra os lançamentos e interceptá-los.”

Segundo Hagari, a situação está sendo monitorada e a ameaça levará algumas horas para chegar a Israel. O GPS não estará disponível em certas áreas como parte dos preparativos de segurança, acrescentou. Sirenes vão soar nos locais que serão atingidos, e o sistema de defesa israelense está de prontidão, assegurou.

“Se descobrirmos ameaças específicas com um tempo de chegada mais curto, atualizaremos vocês imediatamente”, disse Hagari. “Pedimos que estejam atentos e sigam as instruções do Comando da Frente Interna. Entendemos essas ameaças e lidamos com elas no passado.”

Retaliação 

O Irã prometeu retaliar o Estado judeu pelo bombardeio ocorrido em 1º de abril contra seu Consulado em Damasco, o qual atribuiu a Israel. Sete membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, foram mortos no bombardeio, incluindo dois com o posto de general.

Mais cedo, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se dirigiu ao país e afirmou que Israel estaria preparada “para a possibilidade de um ataque direto” do país e convocou o gabinete de guerra e o gabinete de segurança para uma reunião.

Israel já havia alertado que o Irã sofreria as “consequências por escolher agravar ainda mais a situação”, à medida que aumentavam os temores de um conflito mais amplo, mais de seis meses após o início da guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas.

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