Sexta-feira, 04 de outubro de 2024

Estados Unidos veem risco de escalada no Oriente Médio e ameaça às tropas norte-americanas

Os Estados Unidos veem a perspectiva de novos ataques contra suas tropas no Oriente Médio e de uma escalada da guerra entre Israel e Hamas para toda a região, disseram o principal diplomata e autoridades de defesa do país nesse domingo. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o Secretário de Defesa, Lloyd Austin, disseram que os Estados Unidos não querem ver o conflito se espalhar.

Blinken disse que as ações do Irã e de seus representantes poderiam desencadear uma escalada e que os Estados Unidos esperavam que mais reféns fossem libertados pelo grupo islâmico palestino Hamas, que atacou Israel em 7 de outubro e matou cerca de 1.400 pessoas.

Desde então, Israel tem retaliado com pesados ataques aéreos em Gaza, um enclave de 45 km de comprimento, onde vivem 2,3 milhões de pessoas e que é governado desde 2006 pelo Hamas. Os ataques aéreos de Israel já mataram mais de 4.700 pessoas, segundo autoridades palestinas.

“Estamos preocupados com a possível escalada. Na verdade, o que estamos vendo… é a perspectiva de uma escalada significativa de ataques às nossas tropas e ao nosso povo em toda a região”, disse Austin ao programa “This Week” da ABC. “Se algum grupo ou país estiver procurando ampliar esse conflito e tirar proveito dessa situação infeliz… nosso conselho é: não o faça”, acrescentou.

Barril de pólvora

A comunidade internacional teme que a guerra iniciada no último dia 7 se espalhe para outros países do Oriente Médio, e o Irã alertou que a região “é um barril de pólvora”.

Blinken disse em entrevista que os EUA estão “preocupados com a possibilidade de que intermediários do Irã intensifiquem seus ataques contra os nossos próprios funcionários, a nossa própria gente”. Washington já ordenou a retirada dos funcionários não essenciais da sua embaixada em Bagdá e do seu consulado em Erbil.

O secretário de Defesa acrescentou que “ninguém deveria aproveitar este momento para aumentar os ataques contra Israel ou contra o nosso pessoal” militar e civil naquela região. Os Estados Unidos “não hesitarão em agir” militarmente contra qualquer “organização ou país que esteja tentando expandir” o conflito entre Israel e o Hamas no Oriente Médio, advertiu Lloyd Austin, sem citar nem o Irã, nem o Hezbollah, acusados hoje por Israel de “arrastar o Líbano para uma guerra”.

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