Terça-feira, 16 de abril de 2024

Estupro de grávida em hospital público do Rio de Janeiro durou 9 minutos

A Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, concluiu o inquérito que investigava o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável.

Segundo fontes da Polícia Civil, o estupro cometido por ele no dia 10 de julho durou 9 minutos e 5 segundos. A Polícia analisou o vídeo de 1 hora, 36 minutos e 20 segundos que foi gravado pela equipe médica do Hospital da Mulher, em São João de Meriti, onde o crime aconteceu. O material estava íntegro e sem edições, segundo a perícia.

Foi possível chegar à conclusão que Giovanni começou o ato 50 segundos após o marido da vítima, que estava em uma cesariana, sair da sala da cirurgia.

Também foi observado que o médico aplicou medicamento na vítima sete vezes durante a ação criminosa. Além disso, o laudo médico-hospitalar em material usado pelo anestesista para se limpar após o estupro não constatou a presença de sêmen. Porém, como o material passou por diferentes recipientes após a coleta, não foi possível garantir sua integridade.

Dois medicamentos foram aplicados na vítima: cetamina e propofol. Como as ampolas estavam quebradas pela própria utilização, a perita previu a possibilidade de contaminação entre os frascos.

Ao todo, 19 pessoas foram ouvidas no inquérito, incluindo policiais, integrantes corpo técnico/médico, o autor, a vítima e o marido dela.

A Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti continua investigando Giovanni, agora em um segundo inquérito, que apura outros cinco possíveis estupros.

No Hospital da Mãe, em Mesquita, também na Baixada, o médico participou de 44 cirurgias. Todos os casos estão sendo analisados pela delegada responsável pelas investigações, Bárbara Lomba.

O Ministério Público do Rio já havia denunciado Giovanni por estupro de vulnerável na semana passada e pedido sigilo no processo, além de uma indenização à vítima no valor mínimo de 10 salários mínimos. A denúncia já havia sido aceita pela justiça fluminense.

Giovanni continua preso em uma cela isolada em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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