Sábado, 18 de janeiro de 2025

FMI vê aumento da dívida brasileira neste ano, para 88,1% do PIB, e novas altas nos cinco anos seguintes

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta, para a economia brasileira, que a dívida pública bruta vai subir de 85,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 para 88,1% do PIB neste ano. O organismo estima ainda que o indicador seguirá em alta nos cinco anos seguintes, até bater em 96% do PIB em 2028, o ano mais distante para qual a instituição faz previsões.

Os números fazem parte do Monitor Fiscal, um dos relatórios que o FMI divulgou nesta semana, enquanto ocorre o encontro anual da instituição com o Banco Mundial. Desta vez, a reunião acontece em Marrakesh, no Marrocos. Os dados são ligeiramente inferiores aos previstos pelo órgão em abril, na edição anterior, quando a expectativa era que o endividamento bruto do País ficasse em 88,4% do PIB neste ano e em 96,2% do PIB em 2028.

Nas contas do Fundo Internacional, o novo arcabouço fiscal não vai estabilizar a dívida como proporção do PIB nos próximos cinco anos. A dívida bruta brasileira é bem superior à média dos países emergentes, que deve ficar em 68,3% do PIB em 2023, de acordo com o estudo do FMI.

Entre 36 nações desse grupo para os quais a instituição faz projeções para esse indicador, o endividamento bruto do Brasil é o terceiro maior, empatado com a Ucrânia, que está em guerra com a Rússia. O Brasil fica atrás apenas dos 92,7% do PIB do Egito e dos 89,5% do PIB da Argentina, que atravessa uma grave crise econômica. A dívida bruta é um dos principais indicadores de solvência de um país, sendo acompanhado com atenção por especialistas em contas públicas.

O FMI calcula a dívida bruta do País por um critério diferente do usado pelas autoridades brasileiras. Enquanto o Fundo inclui na sua estimativa os títulos públicos que estão na carteira do Banco Central (BC), a autoridade monetária brasileira não os considera na conta.

Pelo conceito do BC do Brasil, a dívida bruta ficou em 74,4% do PIB em agosto. No fim do ano passado, fechou em 72,9% do PIB.

Estimativas um pouco melhores de crescimento podem contribuir para a leve melhora das estimativas para a dívida bruta. Em relação à projeção de abril, o Fundo elevou a projeção de expansão da economia brasileira neste ano de 0,9% para 3,1% – em julho, já havia aumentado a previsão para 2,1%.

A estimativa para 2024 é de um avanço do PIB de 1,5%, número um pouco superior ao 1,2% projetado em julho.

Na esteira de divulgações do organismo, o FMI também divulgou o crescimento da economia brasileira neste ano em 3,1%, um ponto percentual acima da projeção anterior, segundo o relatório “Perspectiva Econômica Global”, divulgado nesta terça-feira (10) pela instituição financeira.

O órgão citou “uma agricultura dinâmica e serviços resilientes no primeiro semestre de 2023” como motivos para elevar a projeção de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. “O consumo também se manteve forte, apoiado pelo estímulo fiscal”, afirmou o Fundo no relatório.

Para o ano que vem, o FMI projeta um crescimento de 1,5% do PIB brasileiro. A projeção anterior, divulgada em julho, era de 1,2%.

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