Quinta-feira, 25 de abril de 2024

“Harry Potter” chega aos 20 anos em meio a polêmicas e fidelidade de fãs

A franquia Harry Potter é daqueles raros casos em que os livros e os filmes conseguiram transcender a barreira do sucesso e alcançaram o status de fenômeno. Foram oito filmes da franquia principal, dois da saga de Animais Fantásticos. Sete livros. Uma peça de teatro. Nas livrarias, as histórias do bruxinho venderam 450 milhões de exemplares em 79 idiomas. Já os filmes arrecadaram US$ 7,74 bilhões de bilheteria, com 12 indicações para o Oscar.

Hoje, 20 anos depois do lançamento do primeiro filme nos cinemas, Harry Potter e a Pedra Filosofal, a franquia ainda tem o potencial de influenciar a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo que ajudaram a saga criada por J.K. Rowling a se tornar o que é hoje. Não é à toa que a Warner Bros., estúdio dono do personagem, confirmou um especial que vai reunir os atores que interpretavam Harry (Daniel Radcliffe), Hermione (Emma Watson) e Rony (Rupert Grint), marcado para 2022.

Matheus Vale, influenciador digital de Goiânia, não esconde a emoção ao falar sobre o evento. “Não há jeito melhor de começar o ano com o pé direito”, diz, comemorando a reunião de boa parte do elenco.

“Sou fã há 16 anos. Quando estreou Harry Potter e o Cálice de Fogo nos cinemas, eu tinha 9 anos, indo à minha primeira pré-estreia do filme junto com minha irmã mais velha”, conta Vale, de 25 anos. “Desde então, fui a todas as pré-estreias e o fanatismo só aumentou.”

O carinho pela franquia acabou inspirando a profissão de Vale. Ele, hoje, tem um perfil no Instagram com mais de 75 mil seguidores. O foco principal é Harry Potter e, logo na descrição do perfil, ele se autodenomina como “alucinado” pela saga. “Achei um nicho em que me sinto bem e consigo influenciar pessoas trabalhando com algo que amo desde criança”, diz.

Alguns fãs, enquanto isso, afirmam que Harry Potter influencia na forma como veem o mundo. “Ajudou a identificar e combater situações de conflito e preconceito e também aprimorou em mim valores familiares e de amizade, me conectando com questões de respeito étnico e social, imprescindíveis hoje em um país como o nosso, tão fragilizado quanto às diversidades”, afirma o carioca Vanderson Vieira Borges, de 33 anos, recepcionista de unidade de saúde e acadêmico de biologia.

Futuro

Hoje, a saga do bruxo britânico vive um impasse. Desde o final da franquia com Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2, os filmes seguiram por um caminho que divide os fãs. Animais Fantásticos, saga protagonizada por Eddie Redmayne, teve bons resultados com o primeiro filme, mas derrapou no segundo – a presença de Johnny Depp, acusado na época de agredir a ex-mulher, fez diminuir o alcance do longa.

Além disso, J.K. Rowling, a mente por trás desse universo, entrou em polêmicas no Twitter ao fazer declarações consideradas transfóbicas por parte da comunidade LGBT. Diante disso, a Warner Bros. anunciou que a escritora não estará no especial da saga em 2022.

Os fãs, enquanto isso, se dividem. Luan Ferreira, por exemplo, diz que está em dúvida sobre os novos rumos da franquia. “Após decisões não condizentes com a história dos livros, tenho pouca esperança de que a saga Animais Fantásticos tenha um nível aceitável. Mas a produção de especiais no HBO Max traz esperança de novos conteúdos que façam jus aos livros”, observa.

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