Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Instituição Fiscal do Senado prevê inflação de 7,9% para este ano

A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado revisou de 5,4% para 7,9% a projeção da inflação para este ano – mais que o dobro da meta de 3,5% prevista pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Os dados estão no relatório de maio do órgão, divulgado nesta quarta-feira (18), seis meses após o último balanço de dezembro.

Se o aumento dos preços faz o brasileiro perder o poder de compra, por outro lado, impulsiona a arrecadação do poder público. Mesmo com a expectativa da perda de R$ 31,4 bilhões em isenções e reduções de impostos para este ano, segundo a IFI, a estimativa de ganhos cresceu.

De acordo com o relatório de maio, a receita líquida (descontadas as transferências para estados e municípios) deve chegar a R$ 1,7 trilhão em 2022. O atual cenário inclui um aumento de R$ 111 bilhões em relação à previsão de seis meses atrás.

O economista Alexandre Andrade, da Instituição Fiscal Independente do Senado, explica que a inflação alta faz aumentar a base para o cálculo de impostos. Consequentemente, a arrecadação sobe, mesmo com as renúncias fiscais.

Entre as perdas elencadas para este ano pelo documento estão R$ 17,6 bilhões com a redução do PIS/Cofins sobre o diesel; de até R$ 7,6 bilhões com a queda de 35% nas alíquotas do IPI de produtos como eletrônicos e calçados; além de R$ 700 milhões com a diminuição do Imposto de Importação, como de carnes e biscoitos. “É um sinal que destaca a robustez do crescimento da arrecadação federal. O governo promoveu isso porque pode abrir mão”, avalia Andrade.

Na outra ponta, do que deve impulsionar a arrecadação, a nova projeção das receitas administradas, aquelas vindas de impostos, é de R$ 1,38 trilhão, um crescimento de R$ 132,5 bilhões em relação a dezembro.

O aumento no preço do petróleo também fez o IFI ampliar em R$ 90,9 bilhões a expectativa de receita com exploração de recursos naturais para 2022, que chegou a R$ 131,3 bilhões na análise deste mês de maio.

Já a melhora do mercado de trabalho, com o aumento dos postos formais, apesar da queda na renda, ainda ampliou a projeção das receitas previdenciárias, que devem alcançar R$ 511,3 bilhões neste ano, R$ 24,4 bilhões a mais do que o esperado em dezembro de 2021.

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