Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Ministro da Economia diz que “nenhuma família receber menos de 400 reais foi um imperativo político

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar que a proposta de ampliar o Bolsa Família, transformado em Auxílio Brasil, a R$ 400 ocorreu por pressão política, citando que a equipe econômica queria aumentar o benefício a R$ 300, dentro do teto, mas foi impedida pelo volume de pagamentos de precatórios em 2022 e pelo “imperativo político” da renda básica.

“Ideias de aperfeiçoamento do Bolsa Família perderam espaço para renda básica. O presidente disse que nenhuma família poderia receber menos de R$ 400. Todos aqueles critérios de focalização foram batidos pelo apelo fortíssimo da renda básica”, afirmou, em evento em comemoração aos 29 anos da Secretaria de Política Econômica (SPE).

Guedes repetiu que a equipe econômica defendia originalmente um Bolsa Família de R$ 300, dentro do teto de gastos. “Mas precatórios causaram primeira turbulência. Depois, a pressão política pelo conceito de renda básica, em que nenhuma família poderia receber menos de R$ 400 foi um imperativo político”, completou.

Mais uma vez, o ministro negou que a PEC dos Precatórios seja uma maneira de burlar o teto de gastos para abrir espaço para o programa social em maior valor. “Ao contrário do que dizem, o arcabouço fiscal brasileiro não está sendo derrubado. Não estamos furando o teto, estamos lutando justamente para colocar os precatórios embaixo do teto”, acrescentou.

Compra de times

Guedes disse ainda que investidores árabes anunciaram que irão “comprar” dois times de futebol no Brasil, durante o percurso dele e do presidente Jair Bolsonaro a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, nesta semana – a comitiva também passou por Bahrein e Qatar.

“Eles anunciaram: ‘calma, nós vamos comprar dois times; estamos examinando e vamos comprar dois times’. Eles vêm aí com os investimentos”, declarou durante evento em Brasília. Guedes, no entanto não informou quais times serão comprados.

O ministro brincou que queria que os investimentos fossem feitos no Flamengo, enquanto outros membros da comitiva presidencial defenderam a compra do Vasco e do Palmeiras.

“(Os árabes) Vão investir em estradas, vão investir em poços de petróleo, até em clubes de futebol. Eles compraram o Manchester United, compraram o Cristiano Ronaldo, etc. Então, vários brasileiros da comitiva começaram a pensar. Eu pensei: ‘vem ser sócio do Flamengo’. Aí tinha um outro lá do lado, que é vascaíno, e falou: ‘vem para o Vasco’. Eu falei ‘olha, vai perder dinheiro’. Tinha um outro palmeirense, que falou para comprar o Palmeiras.”

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