Quinta-feira, 10 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 21 de outubro de 2023
Autoridades internacionais ainda buscam uma solução para a saída de nacionais na Faixa de Gaza, centro do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Do lado brasileiro, são 26 cidadãos que aguardam a liberação da fronteira para a saída de pessoas.
Nesse sábado, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, ressaltou, durante participação na Conferência de Paz no Cairo, no Egito, a necessidade de corredores humanitários na região do conflito. Após o encontro, ele foi questionado sobre abertura da fronteira para que os nacionais possam sair de Gaza:
“Ainda não temos nada concreto (…) houve a abertura da fronteira pela passagem de Rafah, apenas para a entrega de ajuda humanitária. Foi um primeiro passo, importante. Espero que nos próximos dias, tão logo seja possível, se permita a saída desses brasileiros e também de nacionais de outros países”, disse em vídeo divulgado pelo Itamaraty, reforçando que o Brasil utiliza de todos os esforços diplomáticos para esse fim.
Em seu discurso, Mauro Vieira voltou a condenar os ataques do grupo terrorista Hamas e fez críticas à reação de Israel, que segundo ele tem responsabilidade pela crise humanitária que assola a região de Gaza.
O encontro reuniu representantes de cerca de 30 países e organismos internacionais, incluindo representantes dos países que são membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU.
Saídas humanitária
Na discussão houve consensos em pontos como a necessidade imediata de “saídas humanitárias” e da criação dos dois estados independentes (Israel e Palestina), “vivendo lado a lado, em paz, e com fronteiras internacionalmente reconhecidas”, diz Vieira.
“Houve também um consenso de que é indispensável a cessação de hostilidades e o fim da violência que tem acontecido, com mortes repetidas, numerosas, de lado a lado. Maiores ainda do lado palestino, mas uma situação realmente calamitosa”, declarou o ministro brasileiro.
Após negociações do Itamaraty com as autoridade locais, os brasileiros foram realocados para um local mais próximo da passagem de Rafah – em uma distância de aproximadamente um quilômetro, segundo o ministro.
Um ônibus deve levar os cidadãos até a cidade do Cairo, no Egito, mas só quando a segurança da passagem e as autorizações forem acertadas.
“Há todo um esquema de ônibus para levá-los até a passagem da fronteira e, do lado egípcio, recolhê-los e levá-los até o aeroporto onde uma avião da Força Aérea (FAB) vai transportá-los para o Brasil”, informou Mauro Vieira.
No dia 25 de outubro, ocorre um novo debate do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação do Oriente Médio.