Quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

O Exército de Israel lançou panfletos sobre a Faixa de Gaza em que oferece recompensa e proteção para quem der informações sobre o paradeiro de reféns do Hamas

O Exército de Israel lançou panfletos sobre a Faixa de Gaza em que oferece recompensa e proteção para quem der informações sobre o paradeiro de reféns do Hamas. Conforme o governo israelense, pelo menos 220 pessoas, de várias nacionalidades, estão com o grupo terrorista desde 7 de outubro. Entre os estrangeiros desaparecidos estão 12 latino-americanos, sendo um brasileiro, de acordo com informações oficiais.

Em árabe, os folhetos diziam, de acordo com tradução da BBC: “Se a sua vontade é viver em paz e ter um futuro melhor para os seus filhos, faça uma ação humanitária imediatamente e compartilhe informações verificadas e valiosas sobre os reféns detidos na sua área”.

“Os militares israelenses garantem que investirão o máximo esforço para fornecer segurança para você e sua casa, e você receberá uma recompensa financeira. Garantimos total confidencialidade”, acrescenta o panfleto, que tem um número de telefone e um celular que pode ser contatado pelos aplicativos de mensagens WhatsApp, Telegram ou Signal.

De acordo com analistas, o movimento do governo de Israel tenta conciliar o objetivo declarado dos israelenses de “aniquilar o Hamas” e salvar a vida dos reféns. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o ambiente urbano arruinado por bombardeios, a presença de um grande número de civis, a falta de informações claras e o uso de uma vasta rede de túneis tornam as operações para retomada dos reféns muito difíceis.

Em uma declaração à imprensa, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a operação por terra em Gaza virá, mas que não podia dar detalhes de quando nem como será. Netanyahu disse que o objetivo é resgatar os reféns e destruir o Hamas, e que todos os integrantes do grupo estão marcados para morrer.

Netanyahu disse também que, depois da guerra, todos em Israel terão que responder pelas falhas que levaram aos ataques do dia 7 – incluindo ele.

Inteligência

Além de contar com informantes, os militares de Israel vão ainda tentar obter informações com membros do Hamas que foram capturados nas incursões na Faixa de Gaza.

Autoridades de Israel afirmaram que os ataques, as restrições ao fornecimento de combustível, alimentos e outros bens de primeira necessidade também fazem parte da estratégia para pressionar o Hamas a libertar os reféns. Na ONU, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, apelou ao grupo extremista “para libertar os reféns imediata e incondicionalmente”.

O Hamas já disse que os reféns poderiam ser trocados por alguns ou mesmo por todos os milhares de palestinos nas prisões em Israel. Já Khaled Meshaal, proeminente líder do Hamas, disse à Sky News que os reféns seriam libertados se Israel parasse de bombardear Gaza.

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