Quinta-feira, 24 de abril de 2025

Oscilações de humor, obsessão por bruxaria e fogo: criança de 11 anos que incendiou casa dos avós já preocupava a família

Uma série de comportamentos da criança de 11 anos que ateou fogo na casa dos avós e depois saiu para andar de patins, em Patos de Minas (MG), está sendo analisada. Há relatos de que a menina já tinha apresentado oscilações de humor antes de ter tido a reação inesperada de incendiar o apartamento e deixar os avós trancados no quarto. Ela teria reagido ao fato de que a avó a proibira de usar o celular porque teria visto várias buscas feitas pela neta por “rituais de bruxaria”. A polícia ainda não sabe se o incêndio teve relação com o interesse pelo tema.

A cena de do casal pulando do 4º andar do prédio para fugir do fogo viralizou nas redes sociais no último fim de semana. O momento foi desesperador e era possível ver que o idoso foi quem convenceu e ajudou a mulher a pular primeiro. Depois, ele próprio saltou. A queda dos dois foi amortecida por colchões colocados por vizinhos e eles foram socorridos e levados para um hospital. A avó de 53 anos apresentava dor no peito e nas pernas e foi levada para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD). Com fratura, ela passaria por uma cirurgia. O avô tem 70 anos e não precisou de atendimento médico.

Antes de atear fogo, a menina teria pedido para usar o celular, o que foi negado pela avó. Ela então trancou os dois no quarto por fora e deu início ao incêndio. O avô arrombou a porta para sair, mas a sala já pegava fogo. Foi quando perceberam que só conseguiriam sair pulando e então romperam a tela de proteção da janela. Do lado de fora, moradores já estavam a postos para ajudá-los e uma grande quantidade de fogo e fumaça já era vista no apartamento.

Depois de ter incendiado o apartamento, a criança desceu para o play para andar de patins.

Moradores do condomínio onde aconteceu o caso, estão chocados com a atitude da criança que costumava passar o fim de semana com os avós. Eles se mobilizaram para ajudar o casal a reconstruir o apartamento que ficou completamente destruído.

“Ela era uma criança normal, estava sempre brincando no play. Ninguém nunca poderia imaginar que uma menina pequena como aquela pudesse fazer uma barbaridade dessas com os avós. Tudo porque a avó teria descoberto que ela fazia buscas sobre bruxaria no celular. Ninguém nunca desconfiou de nada”, diz o síndico do condomínio Abner dos Santos.

A criança foi entregue à mãe e será acompanhada pelo Conselho Tutelar. De acordo com a entidade, a criança foi ouvida e será observada por assistentes sociais e psicólogos. O relato feito pela menina à conselheira que a atendeu está sob sigilo de Justiça. A entidade adotou as providências previstas pelo artigo 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que, entre outras coisas, prevê tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico em regime hospitalar ou ambulatorial, entre outras medias. A Polícia Civil de Minas informou que “irá analisar as causas e circunstâncias do fato”.

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