Sábado, 08 de fevereiro de 2025

Procuradoria-Geral da República denuncia mais cinco extremistas por depredação na Câmara dos Deputados

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta quarta-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais cinco extremistas envolvidos em atos de depredação e vandalismo registrados no dia 8 de janeiro. São as primeiras denúncias contra acusados de invadir o prédio da Câmara dos Deputados.

Os denunciados podem responder pelos crimes de:

  • tentativa de abolir, com grave ameaça ou violência, o Estado Democrático de Direito
    golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
  • associação criminosa armada;
  • deterioração de patrimônio tombado.

Agora, caberá ao plenário do STF decidir se aceita a denúncia e transforma os acusados em réus. Ainda não há data marcada para o julgamento.

Outras denúncias

Até agora, a PGR já apresentou acusações contra 103 pessoas pelos atos. A PGR também denunciou:

  • 54 bolsonaristas radicais detidos no acampamento que ficava em frente ao Quartel-General do Exército;
  • 39 pessoas que invadiram Senado;
  • 5 envolvidos em ataques ao Supremo Tribunal Federal.

As denúncias são assinadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, criado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

O que diz a PGR

Na denúncia, o Ministério Público Federal diz que apuração da Polícia Legislativa demonstrou que a invasão à sede do Congresso Nacional foi organizada em linhas de ataque, com manifestantes executando funções distintas e específicas.

Havia, por exemplo, grupos de linha de frente, munidos de armas como machados e pedaços de pau, e grupos de retaguarda, que davam suporte e abriam extintores de incêndio para dificultar a atuação dos policiais, relata a Procuradoria.

Ainda segundo a PGR, uma vez dentro do Congresso, os cinco denunciados teriam quebrado vidros, móveis, lixeiras, computadores, totens informativos, obras de arte, pórticos, câmeras de circuito fechado de TV, equipamentos de segurança e veículos.

“Acessaram e depredaram espaços da Chapelaria, do Salão Negro, das Cúpulas, do museu, móveis históricos e queimaram o tapete do Salão Verde da Câmara dos Deputados, empregando substância inflamável”, diz o MP.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Bruno Araújo antecipa saída da presidência nacional do PSDB
Partido de Bolsonaro acusa Sérgio Moro de caixa dois e pede cassação do senador eleito
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play