Domingo, 18 de maio de 2025

Resultado do PIB traz alívio para o governo, mas Lula quer medidas de crédito para elevar o crescimento do País

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro semestre – com crescimento de 0,1% em relação aos três meses anteriores – foi recebido com alívio pelo governo, mesmo indicando uma desaceleração da economia. Isso, porque as previsões do próprio governo apontavam o risco de uma retração de 0,3% no trimestre.

Lula, no entanto, quer mais. E cobra agora que a equipe econômica lance medidas de estímulo ao crédito para elevar o crescimento em 2024. A cobrança do presidente sobre a equipe econômica vem desde o início do governo e a pressão na Esplanada dos Ministérios tende a esquentar por novas políticas de estímulo fiscal, sobretudo de crédito.

O governo ainda teme resultado negativo no quarto trimestre em razão do ritmo de desaceleração da economia. Se isso acontecesse em dois trimestres seguidos, como previam, haveria a chamada “recessão técnica”.

O crescimento de 0,1% no último trimestre, divulgado nesta terça-feira (5) pelo IBGE, acaba corroborando as previsões do Ministério da Fazenda de um crescimento de 3% em 2023, o que foi visto como um bom resultado.

Lula quer acionar a todo vapor o motor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ativar a economia, e pode renovar também a pressão para o Banco Central acelerar a queda dos juros.

Se em 2023 o crescimento do PIB deve ficar próximo de 3%, para 2024, a pesquisa Focus, coletada pelo Banco Central com base em projeções de analistas econômicos de fora do governo, aponta uma alta de 1,5%, previsão menor do que os 2,2% do Ministério da Fazenda.

De olho em 2024

O problema, agora, está em 2024. As previsões atuais do mercado apontam para um crescimento de 1,5% – considerado muito baixo pelo presidente Lula.

Por isso, o petista tem pedido à sua equipe que analise medidas para aumentar o crédito na economia e, com isso, fazer o PIB crescer mais no segundo ano do mandato.

Um setor que o governo deve analisar é o da construção civil. Principalmente o segmento de habitação, que tem sempre um impacto importante para o crescimento econômico e geração de empregos.

A equipe do ministro Fernando Haddad acredita que o crédito pode aumentar nos próximos meses com a adoção do programa Desenrola Brasil – que está refinanciando dívidas de pessoas que estavam com o nome sujo na praça e estavam sem condições de tomar novos empréstimos.

 

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