Quinta-feira, 05 de dezembro de 2024

Supremo desmente notícia falsa atribuída ao ministro Luis Roberto Barroso sobre eleição de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota, nessa terça-feira (5), para desmentir fake news (notícia falsa) sobre o ministro Luis Roberto Barroso, que tem circulado nas redes sociais. Conforme a publicação, Barroso teria dito em uma live (transmissão ao vivo), a juízes franceses, que Bolsonaro só seria eleito se passasse por cima de seu cadáver.

O gabinete do ministro afirma, segundo a nota da Corte, que ele jamais deu essas declarações e que a transmissão ao vivo mencionada jamais aconteceu.

O texto atribuído falsamente a Barroso foi publicado em um “blog desconhecido e reproduzido via WhatsApp e em diversas postagens no Twitter”, segundo o STF. A falsa declaração foi divulgada a partir de um link para o site. Lá, um parágrafo sem autor identificado também atribui a Barroso outra frase falsa, desta vez sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): “Lula merece uma segunda chance”. O texto diz ainda que o ministro teria afirmado que “não reconhece o presidente legitimamente eleito, Jair Bolsonaro”.

No comunicado, a Corte alertou para a “importância de não repassar informações publicadas em sites não confiáveis” e com declarações alarmistas.

“O Brasil vive a naturalização da mentira. Há uma nova atividade no País: a de traficante de notícias falsas. Vivemos uma decadência ética profunda”, diz o ministro, na nota divulgada.

No Twitter, o link para o conteúdo falso foi amplamente divulgado. O nome do ministro chegou aos assuntos mais comentados no campo da política, com mais de 4,2 mil menções.

Nas redes sociais, os ataques ao Supremo, ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e aos seus ministros voltaram a ganhar fôlego entre perfis bolsonaristas. No YouTube e no Instagram, as menções às instituições e aos magistrados superam as referências ao principal rival do presidente na disputa eleitoral, o ex-presidente Lula, e as citações aos demais pré-candidatos.

Investidas contra os magistrados relacionadas às eleições têm voltado ao debate. Na última sexta (1º), o presidente do TSE, Edson Fachin, afirmou que a Justiça Eleitoral está sob ataque e a democracia ameaçada. Sem citar nomes, o ministro declarou que não vai “aguçar o circo de narrativas conspiratórias das redes sociais”, em uma referência às acusações de fraudes, sem provas, envolvendo o sistema eletrônico de votação usado no Brasil. Também defendeu “dissipar o flerte com o retrocesso”, assegurando a prevalência da institucionalidade sobre “a ordem de coisas inconstitucional”.

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