Sábado, 12 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de abril de 2024
O ex-presidente Donald Trump chamou os imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos de “animais” e “não humanos”. As falas foram proferidas durante um discurso de campanha no Estado do Michigan, na terça-feira (2). As afirmações reforçam a visão do republicano sobre a política imigratória do país.
Enquanto discursava em um púlpito com o cartaz “pare o banho de sangue na fronteira de Biden”, Trump relembrou crimes cometidos por imigrantes ilegais nos Estados Unidos, incluindo o caso do assassinato da estudante Laken Riley, de 22 anos. Um venezuelano é o principal suspeito do crime.
“Os democratas dizem ‘por favor, não os chame de animais, eles são humanos’. Eu digo: ‘não, eles não são humanos, eles não são humanos, eles são animais’”, disse Trump.
Além disso, Trump também citou a morte da jovem Ruby Garcia, de 25 anos, que foi assassinada em março. De acordo com a polícia, o suspeito do crime é um imigrante ilegal. O ex-presidente afirmou que conversou com familiares de Ruby. No entanto, mais tarde, a irmã da jovem negou que Trump tenha entrado em contato com a família.
“Ele não falou com nenhum de nós, então foi meio chocante ver que ele disse que havia falado conosco”, afirmou Mavi Garcia durante uma entrevista à rede de TV NBC.
Trump afirmou que a violência e o caos irão escalar nos Estados Unidos se ele não vencer a eleição presidencial, marcada para o dia 5 de novembro. Ele enfrentará Joe Biden, que concorre à reeleição.
Esta não é a primeira vez que Trump discursa contra imigrantes nos Estados Unidos. O candidato republicano acredita que pessoas que cruzam a fronteira do México ilegalmente escaparam de prisões e manicômios.
Trump também acusa os imigrantes ilegais de provocarem crimes violentos nos Estados Unidos. Por outro lado, especialistas questionam as afirmações do ex-presidente.
Pesquisadores afirmam que a proporção de crimes violentos cometidos por imigrantes ilegais não é maior do que a taxa registrada entre cidadãos norte-americanos.
A campanha de Biden diz que Trump está envolvido em uma “retórica extrema que promove a divisão, o ódio e a violência”.
Biden x Trump
O republicano Donald Trump está à frente de Biden em seis de sete Estados decisivos para a eleição presidencial de 2024 nos Estados Unidos, de acordo com uma pesquisa do Wall Street Journal divulgada nesta quarta-feira (3), que revelou preocupações dos eleitores com a economia e o desempenho de Biden.
A pesquisa se concentrou em importantes “swing states”, os chamados “estados-pêndulo”, que não têm uma preferência definida por candidatos democratas ou republicanos.
Trump obteve uma vantagem de 2 a 8 pontos percentuais entre os eleitores da Pensilvânia, Michigan, Arizona, Geórgia, Nevada e Carolina do Norte em um levantamento que incluiu outros candidatos, disse o Journal. Os resultados foram semelhantes em um confronto apenas entre os dois rivais, segundo o jornal.
Em Wisconsin, um sétimo Estado onde se espera que a disputa seja acirrada, Biden ficou à frente por 3 pontos percentuais em um cenário com vários candidatos, mas empatou com Trump em um confronto direto, disse o WSJ.
A campanha de reeleição de Biden está enfrentando as preocupações dos eleitores com a economia, apesar do crescimento do emprego, do consumo e do aumento do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado, uma questão que tem confundido economistas e estrategistas políticos democratas.