Quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 25 de janeiro de 2023
Preso após os ataques extremistas de 8 de janeiro, o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) Anderson Torres dispõe de fogão, geladeira, microondas e televisão em sua cela. Ele dorme em um beliche.
Os detalhes da situação carcerária de Torres constam em um ofício enviado ao
gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela Vara de Execuções Penais (VEP) do DF.
Torres está preso desde 14 de janeiro. Ele estava nos Estados Unidos no dia das invasões e ataques aos prédios dos Três Poderes e, no mesmo dia, teve uma ordem de prisão determinada por Moraes por suspeita de omissão no episódio. Na audiência de custódia, o ex-secretário, e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, disse que “jamais daria condições” para os crimes cometidos naquele domingo.
Inicialmente, Torres seria levado a uma sala de Estado Maior no Núcleo de Custódia da Polícia Militar (NCPM), localizado na entrada do próprio Complexo Penitenciário da Papuda, mas a lotação já estava esgotada.
Torres tem três mudas de roupa, alguns medicamentos com receita médica, itens de higiene pessoal e água à disposição. O banheiro da cela mede 1,5 metro por 2,5 metros. Junto à cela, há uma antessala disponível exclusivamente para que ele possa receber seus advogados. No local, há um frigobar.
Um relatório do Ministério Público do DF, também anexado ao processo, aponta “a ausência de qualquer privilégio” a Torres em relação aos custodiados no NCPM — 11 advogados e quatro policiais, também envolvidos nos atos de vandalismo.
O MP destaca que a hipótese de alocar Torres na superintendência da PF em Brasília seria “incompatível com o isolamento necessário para preservar as investigações, bem como a integridade física do custodiado”.