Quinta-feira, 05 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 23 de abril de 2022
Uma nova tentativa de evacuar civis ucranianos de Mariupol, devastada pela guerra, falhou neste sábado (23), disse um assessor do prefeito da cidade em seu canal do Telegram, culpando as forças russas.
O funcionário disse que 200 moradores de Mariupol se reuniram para serem evacuados, mas que os militares russos disseram para eles se dispersarem e alertaram sobre um possível bombardeio.
O fluxo de refugiados foi interrompido na véspera, pela ausência de um acordo com os russos, segundo a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.
Autoridades ucranianas pediram repetidamente aos russos que garantam a passagem segura de civis, principalmente aqueles presos na cidade sitiada de Mariupol.
Ataques aéreos
As autoridades do país liderado por Volodymyr Zelensky afirmaram que forças russas voltaram a fazer ataques aéreos, mas afirmam que tropas continuam resistindo.
Neste sábado (23), no complexo metalúrgico de Azovstal, onde cerca de 2 mil soldados ucranianos e mil civis resistem à ocupação da cidade do sul do país, novos bombardeios foram registrados, segundo a Ucrânia.
A Rússia, nesta semana, anunciou ter tomado o controle de Mariupol, mas não entrou em Azovstal, um complexo de 6 mil quilômetros que é uma das maiores metalúrgicas da Europa.
A versão do governo ucraniano é de que as forças russas ainda não conseguiram tomar completamente o controle de Mariupol. A Rússia diz o inverso.
A tensão no Leste Europeu voltou a subir após novos ataques ucranianos contra o território russo. O país liderado por Vladimir Putin, que havia prometido trégua a Kiev, sinalizou que vai voltar a bombardear a capital.
A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.
Sob ataques constantes e em colapso, a cidade é o último grande centro ucraniano a resistir na faixa entre a Crimeia e o território russo.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro. Neste sábado (23) a guerra completa 59 dias.