Segunda-feira, 20 de maio de 2024

Veja como está a situação das rodovias estaduais gaúchas atingidas pelas fortes chuvas

As enchentes que atingem o Rio Grande do Sul provocaram danos significativos nas estradas e pontes do Estado, com bloqueios em diversos trechos de rodovias estaduais e federais.

Segundo o governo gaúcho, os trabalhos de desobstrução das estradas estaduais estão acelerados, com 40 trechos em 20 rodovias já liberados para o tráfego.

O Daer (Departamento de Estradas de Rodagem) e a EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias) produziram levantamentos que mostram a evolução da situação das estradas desde o início dos temporais, em 29 de abril.

Conforme os dados, na manhã de 30 de abril, as chuvas haviam causado oito bloqueios totais, um bloqueio parcial e quatro pontos de observação nas rodovias estaduais.

No pior momento das enchentes, foram 170 pontos de bloqueios em 79 rodovias estaduais em 97 municípios. Na quinta-feira (9), eram 73 trechos com bloqueios totais e parciais em 43 rodovias, um número que pode mudar, já que a previsão é de mais chuvas para o Estado.

Pontes, viadutos, passarelas e túneis também foram muito afetados. Apenas para esses casos, relatório preliminar do Daer estima os valores necessários para a recuperação em quase R$ 230 milhões, para se ter uma ideia do volume de recursos que serão necessários para os trabalhos.

“Diante da evolução dos problemas causados nas rodovias, foi necessário pensar em uma ferramenta que permitisse o acompanhamento dos bloqueios em tempo real. Assim, surgiu o mapa interativo, que reuniu as informações coletadas pelo Daer, Comando Rodoviário da Brigada Militar, Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e PRF (Polícia Rodoviária Federal). A iniciativa permitiu o levantamento dos pontos com bloqueios em rodovias. Antes, a integração das informações entre esses órgãos já vinha possibilitando iniciar o mapeamento das rotas para a entrega de produtos essenciais e para o tráfego da população”, afirmou o governo gaúcho.

EGR avança na liberação de rodovias

Nas áreas administradas pela EGR, apenas dois trechos permanecem totalmente bloqueados por haver danos estruturais: no km 75 da ERS-130, entre Lajeado e Encantado, onde a ponte sobre o rio Forqueta desabou; e no km 80 da ERS-129, em Muçum, devido ao desmoronamento da pista. Para esses casos, a EGR já anunciou a execução de um plano de ação emergencial de recuperação. Nas demais, o trânsito está liberado.

Daer trabalha para desobstruir rodovias em todo o Estado

Os trabalhos de desobstrução são realizados em todas as superintendências regionais do Daer. Na Região Metropolitana e em parte do Vale do Caí, os maiores danos verificados foram nas rodovias federais. Nas rodovias estaduais, os eventos que mais geraram bloqueios foram água na pista e erosões, que já estão sendo contidos, por meio do contrato de conservação de rodovias.

Na região de Bento Gonçalves, mesmo em locais como a ERS-431, onde ainda havia uma ponte colapsada na enchente de setembro, novos danos ocorreram. Em Lajeado, a balsa foi levada pela correnteza, colidindo contra a ponte do rio Taquari. Na região, houve também danos em rodovias municipais, como na ponte da ERS-444, em Santa Tereza. Por ser a única ligação asfáltica do município, o Daer solicitou apoio ao Exército para a instalação de uma ponte móvel.

As rodovias da região de Santa Maria também foram bastante prejudicadas. Na via estadual de acesso ao município de Dilermando de Aguiar, a ponte teve dano estrutural irreversível, com a ruptura de um dos pilares. Como é o único acesso à cidade, o Daer solicitou apoio junto ao Exército para a instalação de ponte móvel.

A região do Vale do Taquari foi uma das mais afetadas. Entre Travesseiro e Marques de Souza, a ponte colapsou. Apesar de ser uma via municipal, é a única ligação do município de Travesseiro com a BR-386. Por isso, o Daer também solicitou apoio do Exército para avaliar a instalação de uma ponte móvel. Quedas de barreira, erosão no asfalto e água sobre a pista atingiram diversos pontos da região. Os trabalhos seguem em busca da desobstrução dos trechos bloqueados.

Na região de Cachoeira do Sul, na ERS-403, a água passando sobre a ponte do rio Botucaraí provocou a interdição do trecho situado no km 39. Entre Agudo e Dona Francisca, na ERS-348, vários quilômetros de asfalto foram destruídos pela força das águas.

As demais regiões tiveram danos menores, com bloqueios causados principalmente por água sobre a pista.

Caminhões

A fim de garantir o fornecimento de mercadorias à população e a chegada de doações ao Estado, é recomendado que os caminhões que se dirigem a Porto Alegre pela BR-101 utilizem a ERS-040, evitando o forte congestionamento da ERS-118. No retorno, esses veículos devem voltar descarregados pela ERS-040. Já os veículos particulares devem evitar a ERS-118 da meia-noite às 6h.

Os veículos envolvidos em ações de resgate e logística no atendimento às enchentes estão autorizados a utilizar os corredores de ônibus para seus deslocamentos nas seguintes condições: respeitar a sinalização e as regras de trânsito; não fazer ultrapassagens; dar prioridade aos pedestres; ter cuidado dobrado nas estações de embarque; e respeitar os limites de velocidade.

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