Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Viagem para a Europa: veja o que muda com as novas restrições da quarta onda de coronavírus

Era para ser o grande retorno da temporada de viagens de inverno na Europa, com brilhantes mercados de Natal, esquiadores deslizando pelas encostas nevadas e apresentações de ópera dando as boas-vindas ao público em grandes teatros.

Mas então veio uma quarta onda mortal de casos de coronavírus, desencadeando uma nova rodada de toques de recolher e bloqueios em vários países europeus (e na Áustria, um mandato de vacina para a maioria da população do país).

Essas medidas rigorosas geraram protestos violentos em todo o continente, com dezenas de milhares de manifestantes argumentando que os requisitos são violações de suas liberdades básicas. Agora, muitos mercados de Natal estão cancelados, alguns resorts de inverno estão fechados e as salas de espetáculos não estão funcionando.

A paisagem em rápida mudança mais uma vez tornou difícil planejar viagens para a Europa. Saiba o que muda, para os turistas, com as novas restrições:

1) Quais países impuseram restrições novamente?

A Áustria adotou a linha mais dura até agora, tornando-se na segunda-feira o primeiro país ocidental a impor novamente um bloqueio nacional completo, permitindo que as pessoas saiam de suas casas apenas para trabalhar ou comprar itens essenciais como mantimentos e remédios.

A paralisação durará pelo menos 10 dias e pode ser estendida até 13 de dezembro, disse o governo austríaco. Durante este período, as viagens de lazer para a Áustria são proibidas e as atrações turísticas, incluindo mercados de Natal, museus e teatros, estão fechadas. Os turistas que já estão no país e que não puderem reorganizar seus voos para casa terão permissão para ficar em hotéis, mas devem cumprir as regras de bloqueio.

Na sexta-feira (26), a Alemanha alertou que pode tomar medidas rigorosas se os casos de coronavírus continuarem a aumentar, indicando que os bloqueios podem ser uma possibilidade, mesmo para aqueles que são vacinados. As feiras de Natal foram canceladas na Saxônia e na Baviera, bares e clubes estão fechados e restaurantes estão operando em horários reduzidos.

A República Tcheca e a Eslováquia, que registraram algumas das taxas de infecção mais altas da Europa, proibiram as pessoas não vacinadas de acessar restaurantes, hotéis, bares e cabeleireiros, mesmo que tenham um teste de coronavírus negativo.

A Holanda voltou a um bloqueio parcial em 13 de novembro por pelo menos três semanas, com restaurantes e lojas fechando mais cedo e espectadores proibidos de participar de eventos esportivos. O governo holandês está explorando maneiras de restringir as pessoas não vacinadas de locais fechados, uma medida que gerou tumultos e protestos em todo o país.

A Irlanda também impôs toque de recolher nesta semana, exigindo que bares e clubes fechem à meia-noite.

2) Ainda posso viajar para a Europa?

Depende do destino. Embora a União Europeia tenha publicado diretrizes gerais para viagens para o bloco, cada um dos 27 Estados-membros estabelece seus próprios requisitos de entrada.

Viajantes provenientes do Brasil são aceitos em 40 países do continente. Em 28 deles, sem restrições — ou seja, não é necessário fazer quarentena ou apresentar testes negativos para a covid-19 — para aqueles totalmente vacinados.

Espanha, França e Reino Unido estão entre os países que aceitam brasileiros totalmente vacinados sem restrições; em Portugal, é necessário apresentar um teste para covid realizado até 72 horas antes do voo. A Itália exige, além de um teste negativo realizado até 72 horas antes do voo, uma quarentena de 10 dias.

3) Quais vacinas são aceitas?

Entre os países abertos a viajantes provenientes do Brasil, 20 aceitam todas as vacinas aplicadas no país, embora alguns deles, como Alemanha e Áustria, tenham regras específicas para a Coronavac. Entre os países que não aceitam a Coronavac estão Bélgica, Dinamarca e República Tcheca. Alguns países, como Montenegro e Kosovo, não especificam se aceitam ou não a vacina da Sinovac.

4) Vou precisar de uma dose de reforço?

A maioria dos países europeus não exige reforço para entrada, mas alguns países definiram “datas de validade” da vacina para os viajantes.

Croácia, Áustria e Suíça exigem que as segundas doses da vacina ou doses de reforço sejam administradas dentro de um ano após a entrada no país. Na Áustria, o período de validade da vacina de dose única da Johnson & Johnson é de 270 dias, ou cerca de nove meses.

A partir de 15 de dezembro, o governo francês exigirá que todas as pessoas com 65 anos ou mais que desejam acessar locais fechados como restaurantes, museus e teatros recebam uma injeção de reforço seis meses e cinco semanas após a segunda dose.

5) Vou precisar de um passe digital de saúde?

Alguns lugares como a Suíça e a Bélgica exigem que os turistas se inscrevam para passes de saúde locais para ter acesso a locais fechados, como restaurantes e museus.

Na Suíça, todos os visitantes devem solicitar o passe antes da chegada, e o tempo de processamento pode levar até sete dias. A Bélgica exige que os turistas com mais de 16 anos se inscrevam para um “Bilhete Covid Safe” para entrar em locais culturais, bares e restaurantes.

Em outros destinos como a França, os passes digitais locais são opcionais para visitantes internacionais e podem ser obtidos em algumas farmácias locais.

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