Quinta-feira, 28 de março de 2024

Um estudante de Direito falsificava documentos para tentar negociar jogadores da dupla Gre-Nal

Agentes da Delegacia de Repressão aos crimes Informáticos do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) cumpriram dois mandados de busca e apreensão nos bairros Passo D’Areia e Cavalhada, nas zonas Norte e Sul de Porto Alegre, respectivamente, na manhã desta quinta-feira (18). O objetivo da ação foi apreender documentos falsificados que comprovam a prática do crime de estelionato por um estudante de Direito, de 33 anos, que se passava por empresário.

Ele é suspeito de falsificar documentos para tentar negociar jogadores da dupla Gre-Nal. Segundo as investigações, o homem se passava por agente de atletas dos dois clubes gaúchos e realizava tentativas de negociação com diversos times do mundo. Com as buscas, os policiais civis confirmaram as falsificações documentais e apreenderam uma série de documentos envolvendo a venda de atletas.

Entre os atletas que o suspeito tentava negociar, estariam os atacantes Luan, do Grêmio, e Leandro Damião, do Inter. A investigação começou com a descoberta de um perfil falso em um aplicativo para telefones celulares, em que o investigado se passava por um empresário gaúcho do ramo do futebol. O estudante foi conduzido ao Deic para prestar esclarecimentos.

Empresas

Em agosto, a Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos deflagrou a Operação Impostores nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, prendendo uma quadrilha que aplicava golpes nesses Estados. A ação foi realizada em Porto Alegre e nos municípios de Balneário Camboriú e Itajaí.

O grupo realizava estelionato e lavagem de dinheiro com ganhos ilícitos especialmente obtidos diretamente de gestores de grandes empresas que atuam em parceria com o setor público. Foram presos, nas cidades catarinenses, três bandidos de 32, 37 e 41 anos. Os policiais civis apreenderam documentos e celulares.

A atuação da quadrilha foi descoberta após monitoramento de e-mails utilizados como meio de efetivação dos delitos. Os impostores atuavam criando diversos personagens – como professores, delegados de polícia, assessores parlamentares, secretários municipais – por meio de correios eletrônicos, cartas de apoio ou recomendação de trabalhos voluntários a serem realizados nacional ou internacionalmente, a exemplos de viagens a Buenos Aires, visando credenciar a Capital gaúcha como diplomada a receber inexistentes eventos internacionais de grandes proporções, além de outras farsas.

Nesse sentido, os indiciados realizavam contato pessoal ou telefônico, ardilosamente obtidos das respectivas equipes de assessoramento, com autoridades públicas da mais alta relevância, ludibriando-as a receber as minutas ideologicamente falsas e na sequência reenviá-las timbradas e assinadas.

Os estelionatários conseguiram diversas cartas de apoio para eventos ou viagens inexistentes, que armazenavam nas respectivas contas de e-mail, permitindo, então, alcançar o seu objetivo principal: ganhar dinheiro de gestores de médias e grandes empresas, que confiavam, a partir dos documentos virtualmente recebidos, estar auxiliando programas de voluntariado, de caráter filantrópico e de instrução para comunidades carentes.

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