Sábado, 02 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 27 de outubro de 2023
O Censo do IBGE mostrou que as mulheres são 51,5% da população brasileira, enquanto os homens são 49,5%. Mas até os 23 anos de idade, os homens são maioria. A partir dos 24 anos, a curva se inverte —e as mulheres se tornam maioria, aponta o Censo do IBGE.
– População brasileira com 23 anos de idade
Homens: 1.561.963 (50,1%)
Mulheres: 1.557.745 (49,9%)
– População brasileira com 24 anos de idade
Homens: 1.537.488 (49,9%)
Mulheres: 1.546.442 (50,1%)
A explicação está no fato de homens morrerem mais que as mulheres em média, em especial na juventude, em razão de causas externas, segundo o IBGE. Entre as causas de mortes externas estão homicídios, acidentes de trânsito, suicídios e afogamentos.
“A mortalidade masculina é maior em todos os grupos etários. O que resulta em uma população sobrevivente de mulheres. E temos uma alta mortalidade não natural em jovens adultos. Por violência e acidentes”, disse Márcio Minamoguchi, demógrafo do IBGE.
Destaques
A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022. Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso.
Em 2022, o Brasil também teve o maior salto de envelhecimento entre censos desde 1940. Em 2010, a cada 30,7 idosos, o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora, são 55 idosos para cada 100 jovens.
Na prática, isso quer dizer que a tendência do País é ter cada vez menos jovens e cada vez mais idosos. A evolução da pirâmide etária deixa isso claro.
O Censo ainda aponta que a população feminina está aumentando de forma constante no país nas últimas décadas. Hoje, 51,5% dos brasileiros são mulheres. São cerca de 6 milhões de mulheres a mais do que homens.
Em 2010, o País tinha 96 homens para cada 100 mulheres. Agora, em 2022, são 94,2 homens para cada 100 mulheres.
Fatores
Segundo o IBGE, alguns fatores estão por trás destas tendências demográficas. Os principais são:
A diminuição das taxas de fecundidade dos brasileiros nas últimas décadas. O IBGE ainda não divulgou a taxa atual, mas dados de censos anteriores mostram que elas têm caído de forma constante nos últimos anos – passou de 6,16 em 1940 para 2,39 em 2000 e 1,9 em 2010.
Entre 2010 e 2022, inclusive, o país passou por dois períodos com redução de nascimentos, segundo o instituto: a onda de infecções do zika vírus em 2016 e o período da pandemia do coronavírus. Estes períodos em conjunto com a queda de fecundidade constante no País estão por trás do aumento da idade mediana dos brasileiros e do salto dos índices de envelhecimento.
Já a maior quantidade de mulheres é explicada historicamente por conta das maiores taxas de mortalidade entre os homens em todas as faixas etárias, segundo o IBGE. Como as mulheres morrem menos, a tendência é que a população continue ficando, de fato, cada vez mais feminina.
Por Redação Rádio Pampa | 27 de outubro de 2023
O Censo do IBGE mostrou que as mulheres são 51,5% da população brasileira, enquanto os homens são 49,5%. Mas até os 23 anos de idade, os homens são maioria. A partir dos 24 anos, a curva se inverte —e as mulheres se tornam maioria, aponta o Censo do IBGE.
– População brasileira com 23 anos de idade
Homens: 1.561.963 (50,1%)
Mulheres: 1.557.745 (49,9%)
– População brasileira com 24 anos de idade
Homens: 1.537.488 (49,9%)
Mulheres: 1.546.442 (50,1%)
A explicação está no fato de homens morrerem mais que as mulheres em média, em especial na juventude, em razão de causas externas, segundo o IBGE. Entre as causas de mortes externas estão homicídios, acidentes de trânsito, suicídios e afogamentos.
“A mortalidade masculina é maior em todos os grupos etários. O que resulta em uma população sobrevivente de mulheres. E temos uma alta mortalidade não natural em jovens adultos. Por violência e acidentes”, disse Márcio Minamoguchi, demógrafo do IBGE.
Destaques
A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022. Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso.
Em 2022, o Brasil também teve o maior salto de envelhecimento entre censos desde 1940. Em 2010, a cada 30,7 idosos, o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora, são 55 idosos para cada 100 jovens.
Na prática, isso quer dizer que a tendência do País é ter cada vez menos jovens e cada vez mais idosos. A evolução da pirâmide etária deixa isso claro.
O Censo ainda aponta que a população feminina está aumentando de forma constante no país nas últimas décadas. Hoje, 51,5% dos brasileiros são mulheres. São cerca de 6 milhões de mulheres a mais do que homens.
Em 2010, o País tinha 96 homens para cada 100 mulheres. Agora, em 2022, são 94,2 homens para cada 100 mulheres.
Fatores
Segundo o IBGE, alguns fatores estão por trás destas tendências demográficas. Os principais são:
A diminuição das taxas de fecundidade dos brasileiros nas últimas décadas. O IBGE ainda não divulgou a taxa atual, mas dados de censos anteriores mostram que elas têm caído de forma constante nos últimos anos – passou de 6,16 em 1940 para 2,39 em 2000 e 1,9 em 2010.
Entre 2010 e 2022, inclusive, o país passou por dois períodos com redução de nascimentos, segundo o instituto: a onda de infecções do zika vírus em 2016 e o período da pandemia do coronavírus. Estes períodos em conjunto com a queda de fecundidade constante no País estão por trás do aumento da idade mediana dos brasileiros e do salto dos índices de envelhecimento.
Já a maior quantidade de mulheres é explicada historicamente por conta das maiores taxas de mortalidade entre os homens em todas as faixas etárias, segundo o IBGE. Como as mulheres morrem menos, a tendência é que a população continue ficando, de fato, cada vez mais feminina.