Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Brasileiros costumam “abandonar” compra online pela metade

Um em cada dois brasileiros (56%) desiste de uma compra online se tiver que esperar por uma resposta às suas perguntas, de acordo com um estudo feito em 15 países e encomendado pela Sinch, empresa de comunicação em nuvem, que permite que as empresas cheguem aos clientes via mensagens móveis, e-mail, voz e vídeo.

A maioria dos brasileiros se sente ignorada e frustrada com grandes marcas que não respondem rápido o suficiente; muitas vezes olham para os concorrentes que oferecem melhor experiência ao cliente ao fazer compras, de acordo com o estudo. Além disso, 80% dos brasileiros pesquisados preferem que as empresas tenham canais sociais que sejam ativos 24 horas por dia, sete dias por semana.

“Embora as empresas tenham acelerado sua transformação digital com foco em facilitar a vida dos consumidores desde o início da pandemia, há uma grande frustração entre os consumidores online que não conseguem obter uma resposta imediata”, diz Bárbara Gurjão, diretora comercial da Sinch.

“Ter uma relação personalizada com o público é a chave para o sucesso. Os clientes passam por diferentes momentos de compra e pesquisa online, e cada vez mais abordam as empresas através de diferentes canais que estão familiarizados e gostam de usar.”

“Muitas marcas ainda não estão equipadas para oferecer essa experiência de conversação em tempo real aprimorada”, diz Bárbara. “No entanto, algumas empresas começaram a levar suas relações com os consumidores cada vez mais a sério, com mensagens bidirecionais habilitadas pela IA em vários canais, que dão a esses consumidores o poder de conduzir a conversa com suas marcas favoritas da maneira que precisam.”

O estudo elaborado pelo Sinch mostra que 31% dos brasileiros já esperaram até uma semana para obter uma resposta. Embora 11% dos consumidores digam que não têm preferência por um canal de contato específico para contato, uma resposta rápida é essencial.

Faturamento

A ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) aponta um faturamento de R$ 73,5 bilhões para o comércio eletrônico brasileiro no primeiro semestre de 2022. Segundo a base de dados da associação, o número representa um crescimento de 5% em relação ao mesmo período de 2021. Para o segundo semestre do ano, a projeção é de R$ 91,5 bilhões em vendas.

Se o projetado para a segunda metade do ano se cumprir, 2022 deve terminar com R$ 165 bilhões em faturamento para o setor. O montante ficaria abaixo do total estimado no início do ano, de R$ 169,6 bilhões, e acima dos R$ 150,8 bilhões registrados pela instituição em 2021.

Para Alexandre Crivellaro, diretor de inteligência de mercado da ABComm, os fatores que impactam o comércio eletrônico giram em torno do custo do frete e aumento dos juros.

“Ao passo que os números nos mostram crescimento, ainda devemos levar em conta a baixa confiança do consumidor frente a esse momento econômico que enfrentamos. Em se tratando dos varejistas, há o custo do frete. E os reajustes das taxas cobradas pelos marketplaces, que empurram o preço final para cima, afetam o consumidor diretamente. Além disso, a taxa de endividamento das famílias pode impactar as vendas”, diz.

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