Quinta-feira, 03 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 21 de outubro de 2023
O Ministério da Saúde palestino em Gaza emitiu um comunicado no qual informa que não há combustível entre os itens de ajuda humanitária que chegaram ao enclave em um comboio de 20 caminhões neste sábado (21). Conforme o documento, sem combustível, as vidas dos doentes e feridos está em perigo.
“Apelamos à comunidade internacional e ao Egito para que trabalhem imediatamente para trazer combustível e necessidades emergenciais de saúde antes que mais vítimas sejam perdidas nos hospitais”, disse o comunicado. O grupo Hamas controla Gaza, e o Ministério da Saúde do território é ligado ao Hamas.
O motivo pelo qual há restrições para a entrada de combustíveis é que o material também pode ser usado em armas e foguetes. De acordo com a ONU, há uma discussão sobre como a possibilidade de rastrear o combustível para evitar que o material seja desviado para outros usos, que não em geradores.
Após o ataque do Hamas ao território israelense, Israel anunciou um cerco a Gaza, cortando o fornecimento de eletricidade, combustível, alimentos, bens e água ao território. As famílias, os hospitais e as empresas na Faixa de Gaza dependem de geradores que dependem de combustíveis. A ONU insistiu na necessidade de enviar combustível a Gaza, um produto vital para o funcionamento dos hospitais no território em que vivem 2,4 milhões de habitantes, que também precisam de água e energia elétrica.
Mais de 100 caminhões com ajuda humanitária aguardam há vários dias do lado egípcio uma autorização para entrar na Faixa de Gaza, assim como dezenas de pessoas com passaportes estrangeiros esperam do lado palestino a oportunidade de entrar no Egito. Após muita negociação, os israelenses permitiram a entrada de um primeiro comboio de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, com 20 caminhões. Os veículos passaram pelo posto de Rafah, que é uma fronteira entre o Egito e Gaza. O posto voltou a ser fechado logo após a passagem do comboio.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu um “cessar-fogo humanitário” para “acabar com o pesadelo” durante uma “Cúpula da Paz” no Cairo, que tem a participação de políticos e ministros das Relações Exteriores de países árabes e países ocidentais, assim como da União Europeia, em contraste com a decisão do governo dos Estados Unidos de enviar um representante de menor escalão.