Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de abril de 2022
O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (8), após quatro pregões seguidos de alta, com uma recuperação das commodities abrindo espaço para alguma tomada de fôlego de moedas emergentes. A moeda norte-americana recuou 0,66%, cotada a R$ 4,70. O Ibovespa também encerrou em queda de 0,45%, a 118.322 pontos. A semana termina com baixa de 2,67%.
Com o resultado, o dólar acumulou alta de 0,91% na semana. No mês, a divisa recua 1,05%. No ano, tem queda de 15,52% frente ao real. Já o Ibovespa, com o resultado desta sexta, acumula queda de 1,40% no mês. No ano, no entanto, o ganho é de 12,88%.
Mercados
Na agenda doméstica, o IBGE mostrou que a inflação acelerou para 1,62% em março, acima do esperado, atingindo 11,30% em 12 meses. Foi a maior taxa para meses de março em 28 anos.
Já são 7 meses seguidos com a inflação rodando acima dos dois dígitos, o que reforça as apostas de que a taxa básica de juros (Selic) será elevada em 2022 para além de 13% ao ano.
O IPCA de março, que veio bem mais alto que o esperado, fortaleceu apostas de que o Banco Central terá de deixar os juros em patamares mais altos por mais tempo. Isso manteria o carrego positivo de deixar reais em carteira e, assim, jogaria a favor de uma queda do dólar.
Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.
O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities.
No exterior, os investidores seguiram monitorando a perspectiva de que o banco central dos Estados Unidos planeja ser agressivo em sua política monetária para combater a inflação.
A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) mostrou que as autoridades do BC dos EUA concordaram em começar a cortar o estoque de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas do banco central em cerca de US$ 95 bilhões por mês. Isso é mais do que alguns investidores esperavam e quase o dobro do ritmo da última vez que o banco central americano encolheu seu balanço.