Sábado, 20 de abril de 2024

Infecção pela ômicron não dá imunidade contra outras variantes em pessoas não vacinadas

Pessoas não vacinadas que foram infectadas com a variante ômicron não desenvolvem respostas imunes efetivas que as protejam contra outras variantes do coronavírus, sugere um novo estudo publicado na Nature nesta quarta-feira (18).

A descoberta foi feita quando os pesquisadores analisaram amostras de sangue de camundongos infectados com uma cepa do vírus que não contém mutações importantes (WA1) e também com as variantes delta e ômicron. Eles observaram, então, que a infecção pela ômicron gerou uma resposta imune reduzida quando comparada com uma infecção por WA1 e pela variante delta.

Sete dias após a infecção desses camundongos, os pesquisadores testaram suas amostras de sangue e perceberam que aqueles que foram infectados pela ômicron induziram somente a neutralização do vírus da própria variante.

Já aqueles com a delta apresentaram uma neutralização efetiva contra o WA1, as variantes alfa, beta e delta, e alguma neutralização contra ômicron.

Depois disso, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de dez indivíduos não vacinados que se recuperaram da ômicron. Da mesma forma que aconteceu com os camundongos, essas amostras mostraram uma neutralização somente contra a variante ômicron.

Já as amostras de pessoas que foram vacinadas e que haviam sido infectadas pela ômicron ou pela delta mostraram altas taxas de neutralização para todas as amostras dos vírus isolados.

“Nossos resultados demonstram que a infecção pela ômicron aumenta a imunidade preexistente induzida por vacinas, mas, por si só, pode não conferir ampla proteção contra variantes não-ômicron em indivíduos não vacinados”, argumentam os pesquisadores no estudo.

Segundo a publicação, indivíduos vacinados que foram posteriormente infectados com a ômicron apresentaram uma imunidade contra outras variantes.

Covid longa

A vacinação contra o coronavírus em pessoas previamente infectadas pode estar associada a uma redução nos sintomas provocados pela chamada covid longa, revelou um estudo publicado na revista especializada British Medical Journal (BMJ).

O estudo observacional – que não mostra relação de causa e efeito – analisou uma amostra aleatória da população britânica (mais de 28 mil indivíduos entre 18 e 69 anos) que foram vacinados com imunizantes da Pfizer, AstraZeneca e Moderna após testarem positivo.

Desse número, cerca de 6 mil indivíduos (23,7%) relataram sintomas como dificuldade para respirar, fadiga, dores de cabeça depois de 12 semanas da infecção por pelo menos uma vez durante o acompanhamento da pesquisa.

Já receber uma segunda dose de vacina mostrou uma diminuição adicional de 9% nas chances de covid longa, e essa melhora foi mantida por pelo menos um acompanhamento médio de nove semanas.

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores descartam a possibilidade de que as vacinas contra a covid atuariam como um forma de tratamento potencial para a covid longa e argumentam que mais pesquisas precisam ser feitas sobre o assunto para “entender os mecanismos biológicos que sustentam quaisquer melhorias nos sintomas após a vacinação”.

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