Sábado, 04 de maio de 2024

Lula critica a privatização da Eletrobras e diz que Advocacia-Geral da União vai pedir revisão de contrato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta terça-feira (7) o processo de privatização da Eletrobras, que chamou de “errático”, “lesa-pátria” e “quase que uma bandidagem”. Ele afirmou ainda que o governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), pedirá a revisão dos termos e efeitos da desestatização da empresa.

A privatização da Eletrobras foi proposta pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro via medida provisória, que foi aprovada com alterações pelo Congresso em junho de 2021. O texto foi convertido em lei em julho daquele ano com a sanção presidencial.

O foco da MP da privatização foi a venda de ações da Eletrobras até que o governo deixasse de deter 60% dos papéis da estatal e passasse a ser dono de 45% da empresa.

Para Lula, os termos da privatização da Eletrobras são “leoninos” contra o governo porque impedem que a União volte a ter controle acionário da empresa.

“Foi feito quase que uma bandidagem para que o governo não volte a adquirir maioria na Eletrobras. Nós, inclusive, possivelmente o advogado-geral da União, [ele] vai entrar na Justiça para que a gente possa rever esse contrato leonino contra o governo”, disse Lula.

“Tanto na participação acionária nós queremos ter mais gente na direção, mais gente no conselho, quanto esse negócio de que você não pode comprar porque você vai pagar três vezes mais caro”, acrescentou o petista.

Em meio às críticas, ele disse ainda que os diretores da empresa aumentaram seus salários de R$ 60 mil para R$ 360 mil e que um conselheiro recebe R$ 200 mil. “Ou seja, isso é privatizar para quê?”

Combate à fome

As declarações foram feitas durante café da manhã com veículos de comunicação e blogs alternativos alinhados à esquerda, ocorrido no Palácio do Planalto. Em 12 de janeiro, ele já havia realizado um primeiro encontro com a imprensa.

O chefe do Executivo disse não ter intenção de “juntar dinheiro para comprar de volta”, porque sua prioridade no momento é acabar com a fome. Mas abriu a possibilidade para isso, se a economia voltar a crescer.

Lula voltou a falar também que o mercado financeiro precisa ter sensibilidade, “não é só ganhar dinheiro”. O chefe do Executivo disse ainda que “paciência”, se não for o caso.

“Eu não estou nem pedindo para eles mudarem e concordarem comigo. Agora, não peça para eu concordar com eles também porque o meu objetivo é fazer com que o povo brasileiro volte a trabalhar, comer, estudar, ser feliz. E vou fazê-lo, independentemente da crítica e do mau humor de algumas pessoas”, completou.

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