Sexta-feira, 16 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de outubro de 2023
O Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, ganhou novos moradores. Em um registro publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o nascimento de filhotes de ema na residência oficial e aproveitou para criticar o ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro. Durante a pandemia, viralizaram fotos do ex-presidente segurando caixas de cloroquina apontando para as emas.
Doze filhotes de ema nasceram no Alvorada. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, acompanhou de perto os cuidados com os filhotes. Ela alimentou as aves com folhas de couve, que fazem parte da dieta de vegetais e ração dada aos animais.
“A Janja sempre pergunta e ela tem participado. Ela sempre cobra e quer que os animais sejam bem tratados”, disse o veterinário Pedro Ivo Braga, responsável pelo cuidado dos animais nas residências oficiais da Presidência.
Lula compartilhou a foto de uma das emas do Alvorada junto de filhotes em sua conta na rede social X (antigo Twitter).
Na legenda, a assessoria do presidente escreveu: “Olhem as eminhas que nasceram aqui no Alvorada. Elas vão crescer livres e sem o risco de serem ameaçadas com cloroquina”.
A citação faz referência às fotos em que Jair Bolsonaro aparece mostrando caixas do medicamento durante a pandemia de covid-19.
Defensor fervoroso do medicamento sem eficácia científica comprovada contra o coronavírus, Bolsonaro, que contraiu a doença, se deixou fotografar e filmar com embalagens de cloroquina, no que foi considerado por muitos uma autêntica campanha promocional do medicamento.
Um dos mais expressivos destes momentos foi quando o presidente mostrou uma caixa de cloroquina às emas que habitam os jardins da residência oficial.
Os animais olhavam surpresos para o ex-presidente que, sorridente, lhes mostrava a embalagem do medicamento.
Nos comentários, internautas também relembraram a morte de duas emas por obesidade durante a gestão Bolsonaro. Depois de assumir o mandato, o governo Lula constatou que os animais foram alimentados com restos de comida humana.
No começo do ano, documentos da Emater-DF e da Casa Civil apontaram que os animais estavam sem acompanhamento veterinário e a maior parte deles em instalações inadequadas. Segundo o relatório, o governo de Bolsonaro destinou apenas um terço do orçamento anual que seria preciso para manter os cuidados com os animais, incluindo a alimentação adequada. Alguns dos animais chegaram a ser levados ao Zoológico de Brasília.