Segunda-feira, 20 de maio de 2024

Remédios do Farmácia Popular perdidos na enchente serão repostos no Rio Grande do Sul

O governo federal vai flexibilizar a retirada de medicamentos do programa Farmácia Popular para permitir que pacientes que tenham perdido os produtos durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul possam repor o estoque. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (9) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“No Farmácia Popular, os remédios perdidos podem ser repostos com uma segunda retirada. As medidas se somam ao envio de medicamentos prioritários que já havíamos feito. Temos que garantir a continuidade de tratamentos e os insumos para todos os atendimentos no Rio Grande do Sul!”, escreveu a ministra em postagem nas redes sociais.

Outra medida anunciada é a antecipação de R$ 40 milhões em repasse ao Estado para a aquisição de remédios. “A antecipação equivale ao valor de todos os repasses mensais que seriam feitos até o fim do ano”, afirmou Nísia Trindade.

A pasta federal também informou o envio, até o próximo domingo (12), de mais kits de emergência para atender até 300 mil pessoas durante 15 dias. Os kits incluem 32 tipos de medicamentos e 16 tipos de insumos, como luvas e seringas, e serão enviados a 100 unidades de saúde no Rio Grande do Sul.

Balanço

Aumentou para 107 o número de mortes provocadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, de acordo com balanço divulgado na noite desta quinta-feira pela Defesa Civil Estadual.

Pelo menos 134 pessoas estão desaparecidas e 754 ficaram feridas. Quase 400 mil encontram-se desalojadas ou desabrigadas.

No total, 431 municípios do Estado registraram danos em razão dos temporais dos últimos dias. Conforme o boletim da Defesa Civil, mais de 1,7 milhão de pessoas foram afetadas pelas cheias que assolam o RS.

Recursos

O governador Eduardo Leite anunciou, nesta quinta que serão necessários, ao menos, R$ 19 bilhões para executar o plano de reconstrução do Estado. O cálculo baseia-se em estimativas preliminares e em comparativos com os esforços empregados para responder ao desastre ocorrido em setembro de 2023 no Vale do Taquari.

“Pelas necessidades que observamos até o momento, esse é o montante que será necessário para financiar as políticas públicas e restabelecer lugares e vidas que foram afetados. O Estado vai ser especialmente demandado em estradas, habitação, crédito subsidiário e ações sociais para atender as pessoas atingidas”, disse o governador.

De acordo com o levantamento inicial, serão necessários mais de R$ 218,6 milhões para ações de resposta ao desastre; quase R$ 2,5 bilhões para ações de assistência; mais de 7,2 bilhões para políticas de restabelecimento; e quase R$ 9 bilhões para reconstrução.

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