Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Riscos do uso de “cigarro eletrônico” são tema de palestra na Associação Médica do Rio Grande do Sul

Sob uma crescente popularidade do uso dos chamados “cigarros eletrônicos”, principalmente entre os jovens, os impactos do dispositivo à saúde têm motivado especialistas a promoverem debates e esclarecimentos. Essa é a ideia  da edição desta terça-feira (9) do Ciclo de Palestras da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), em Porto Alegre.

O evento é gratuito, com inscrição por meio de link no site amrigs.org.br tem início marcado para as 19h30min. É possível participar de forma presencial na sede da entidade (avenida Ipiranga nº 5.311, bairro Jardim Botânico, na Zona Leste) ou on-line. São apoiadores da iniciativa a Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (APRS) e a Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio Grande do Sul (SPTRS).

Com um aumento alarmante de doenças associadas ao dispositivo, que potencializa os riscos de produtos convencionais como cigarro comum, charutos, cachimbos e assemelhados, a entidade. Dados do governo federal apontam que somente nos últimos seis anos houve um aumento de 600% na utilização dos chamados “vapes”. Calcula-se em aproximadamente 3 milhões o número de usuários adultos do dispositivo no País.

Contando com a experiência da médica Manuela Cavalcanti, presidente da SPTRS, e de sua colega Fernanda Lia de Paula Ramos, especialista em Dependência Química e Psicoterapia, a palestra promete um debate abrangente sobre o assunto. Dentre os objetivos está o de proporcionar uma conversa franca entre profissionais de saúde e a comunidade – incluindo pais, professores e gestores escolares.

Saiba mais

Os “cigarro eletrônico” são dispositivos alimentados por bateria que exalam uma espécie de aerossol contendo nicotina e outras substâncias. Muitos acreditam que cigarros eletrônicos ajudam as pessoas a deixarem de fumar cigarros comuns e que são “saudáveis” por exalar apenas “vapor de água”. Só que não.

A vantagem ao usuário é zero. Os “vapes” contêm nicotina (droga que leva à dependência) e mais de 80 substâncias químicas, muitas das quais comprovadamente cancerígenas. Há também o risco de trombose, AVC, hipertensão e infarto do miocárdio, dentre outros problemas que podem levar o indivíduo à morte.

Estudos também mostram que o cigarro eletrônico aumenta em cerca de três vezes as chances do usuário fumar também cigarros comuns.

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda e a propaganda dos cigarros eletrônicos em todo o País. Mas sua comercialização continua intensa na internet: não por acaso, é comum a presença do dispositivo nos mais variados ambientes.

(Marcello Campos)

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