Sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Superior Tribunal de Justiça nega volta de Ednaldo Rodrigues à presidência da Confederação Brasileira de Futebol

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou nesta quarta-feira (13) um recurso por meio do qual a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) buscava reverter o afastamento de presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

A apelação não teve o mérito analisado pelo STJ e foi rejeitada por motivos processuais. Assis Moura destacou que a CBF é uma entidade privada, motivo pelo qual não estaria apta a pedir a suspensão de sentenças judiciais.

A ministra destacou que o direito de requerer uma suspensão de liminar ou sentença (SLS) é exclusiva para casos em que o poder público figura como parte. Ela frisou ainda que a entidade máxima do futebol recorreu à Justiça por meio de um pedido de SLS paralelamente a outro recurso, ainda não julgado, impetrado pelo próprio Ednaldo Rodrigues e relatado pelo ministro Ricardo Villas Bôas Cueva.

Há de se aguardar as vias recursais regulares, não cabendo SLS no caso, ressaltou a presidente do STJ.

“Como é cediço, não é viável o emprego deste instituto como sucedâneo recursal apto a propiciar o exame do acerto ou do desacerto da decisão impugnada”, escreveu a ministra.

Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da CBF na semana passada, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que determinou a realização em 30 dias de novas eleições para a direção da entidade.

O afastamento do então mandatário ocorreu depois que a Justiça fluminense arquivou uma ação civil pública aberta em 2017, na qual o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) havia conseguido anular as eleições da entidade daquele ano, abrindo caminho para Rodrigues conseguir se eleger presidente da CBF.

Agora, o TJ-RJ reconheceu que o MPRJ não poderia ter atuado no caso, o que anula a eleição extraordinária que elegeu Rodrigues. Ao STJ, os advogados da confederação alegaram que a interferência judicial nos cargos de direção da entidade coloca em risco o interesse público, por ameaçar a exploração econômica e a gestão do futebol no Brasil.

De acordo com a CBF, o caso pode levar a Federação Internacional de Futebol (Fifa) a suspender a entidade brasileira, o que tiraria o Brasil da próxima Copa do Mundo. Isso porque a Fifa, por seu regimento interno, não permite a atuação regular de entidades nacionais que não demonstrem ter autonomia administrativa.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Esporte

É alta a incidência de sífilis em Porto Alegre, aponta pesquisa do Hospital Moinhos de Vento
Comissão do Senado aprova nomes de Flávio Dino para o Supremo e Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play