Sábado, 04 de maio de 2024

Abstenção pode superar 36 milhões de eleitores

A confirmação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que há 156,4 milhões de eleitores aptos a participar das eleições deste ano revelou também que 36,2 milhões de pessoas podem deixar de votar no próximo dia 2 de outubro, caso abstenção observada em 2020 se repita. Número é tão expressivo que supera os 31,3 milhões de votos recebidos pelo petista Fernando Haddad, ou quase o triplo dos eleitores que votaram em Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno das últimas eleições presidenciais.

Nanicos
A abstenção de 2018 somou 29,9 milhões de votos no primeiro turno, mais que a soma de todos os 11 candidatos que não foram ao 2º turno.

Desinteresse
O voto é obrigatório no Brasil, mas a trajetória de abstenção segue em alta. Foi do recorde de 20,33% em 2018 ao recorde de 23,14% em 2020.

Folga
O presidente Jair Bolsonaro teve 49,2 milhões de votos no primeiro turno, 46% dos votos válidos e quase 20 milhões mais que a abstenção.

Irrisório
A multa para quem não votar nem justificar ausência vai de 3% a 10% da Unidade Fiscal de Referência (UFIR). De R$1,05 a R$3,51, em 2020.

Média semanal: Lula 41,7% a 32,2% de Bolsonaro
Após cinco novos levantamentos eleitorais estaduais divulgados na última semana, o petista Lula tem 41,7% das intenções de votos, contra 32,2% do presidente Jair Bolsonaro (PL). A variação foi pequena: Lula ganhou 0,6 ponto e Bolsonaro perdeu 0,3 ponto na média ponderada da Potencial Inteligência realizada para o site Diário do Poder, que leva em conta pesquisas de 25 institutos, nos Estados, durante a semana.

Base de dados
A análise da Potencial considera uma base total de mais de 37 mil entrevistas realizadas em cerca de mil municípios até a última sexta (15).

Sem mudança
O pré-candidato do PDT Ciro Gomes tem 6,9% dos votos, diz a Análise Potencial de Intenção de Voto (Apiv). Empata com brancos e nulos.

Último lugar
A senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB (com apoio do PSDB e Cidadania) continua estacionada em 1,8% na média da última semana.

Homem-bomba
O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, expulso do DEM, virou tucano e coordenador da campanha Doria, que implodiu, em São Paulo. E nem será candidato em 2022, só negocia a vice para o pai com o PSB no Rio.

Senado é bom, mas…
O senador José Serra (PSDB-SP) será candidato a deputado federal. Partidos seguem concentrados em expandir as bancadas na Câmara dos Deputados, de olho nos fundões partidário e eleitoral.

Bancada do eu sozinho
A ex-presidenciável Marina Silva tentará se eleger deputada federal pelo Rede, em São Paulo. É a última chance de ressuscitar o partido que fundou. Há dois anos o Rede na Câmara se resume a um membro.

Escapou por milagre
Marcelo Rebelo de Sousa saiu do Brasil impactado pela intolerância política na Bienal do Livro de São Paulo. Viu serem hostilizadas figuras do governo federal, as que liberaram dinheiro que viabilizou a Bienal. Ao discursar, o presidente português avisou corajosamente: “Sou de direita”.

Último recurso
O Partido da Causa Operária, de Rui Costa Pimenta, que foi candidato a presidente em 2014, continua oficialmente censurado nas redes sociais por determinação do TSE, mas ainda posta conteúdo no site pco.org.br.

Lembra dele?
O Brasil 35 (ex-PMB) é o partido do ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro Abraham Weintraub, que anda brigado com os bolsonaristas, lulistas e com o centrão, e é pré-candidato ao governo de São Paulo.

Interesse sem variação
Nos últimos 12 meses, o interesse por Bolsonaro (PL) foi maior que por Lula (PT) em todas as 52 semanas, com duas exceções, diz o Google Trends, ferramenta que avalia a “temperatura” de buscas na internet.

Ruim com ele, pior sem
Pesquisa NYT/Siena divulgada esta semana nos EUA aponta que 64% dos democratas, partido de Joe Biden, são contra a reeleição do presidente. Só 26% o apoiam. Números bem piores que os de Bolsonaro.

Pensando bem…
…se o debate sobre o ativismo judicial fosse marcado para Portugal, a Casa ficaria cheia de ministros do STF.

PODER SEM PUDOR
Foi sem nunca ter sido
1967. Numa cerimônia de casamento, no Rio, Nininha Leitão, mulher do embaixador Vasco Leitão da Cunha, encontrou Artur Lima Cavalcanti: “O senhor é o deputado Artur Lima?” Ele respondeu: “Era. Fui cassado.” Nininha: “Por ser deputado?” Ele tinha dúvidas: “Não sei. Talvez por ter sido prefeito do Recife.” Ela estava intrigada: “O senhor me permite perguntar uma coisa? Com esses cabelos louros, os olhos verdes, um Lima Cavalcanti… o senhor é comunista?” Ele ironizou: “Minha senhora, antes eu não era. Agora me nego a dizer que não sou.”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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