Sexta-feira, 13 de setembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 9 de abril de 2024
A Comissão de Segurança do Senado aprovou nessa terça-feira (9) um convite ao empresário Elon Musk para participar de audiência pública sobre bloqueios e monitoramentos de perfis em redes sociais.
Dono do X (antigo Twitter), Musk tem protagonizado, desde o último fim de semana, um embate público com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O empresário fez investidas contra decisões do Supremo sobre bloqueio de perfis no X. No último sábado (6), o empresário afirmou que não cumpriria determinações de Moraes, e reativaria contas bloqueadas, desrespeitando ordens judiciais adotadas em inquéritos contra ataques à democracia.
Em reação, Moraes estabeleceu multa diária de R$ 100 mil para cada perfil que o X reativar sem autorização. O ministro também ordenou a abertura de investigação contra a plataforma e a inclusão de Musk no inquérito das milícias digitais.
Requerimento
O requerimento, apresentado por membros da oposição, prevê convidar representantes de outras redes sociais, como o YouTube, Twitch, Instagram e Facebook.
Originalmente, Elon Musk não fazia parte do pedido. Ele foi incluído por sugestão do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), um dos vice-líderes do governo na Casa.
“Apresento aqui a sugestão de que, por videoconferência, também fosse ouvido pela nossa comissão o dono do Twitter em todo o mundo, que provocou toda esta discussão nas redes sociais, que é o Elon Musk”, disse. “Não tenho nenhum problema até porque eu não enxergo”, completou Kajuru.
Também foi convidado para a audiência o jornalista Michael Shellenberger, que divulgou supostas trocas de e-mails entre funcionários do antigo Twitter a respeito de decisões do ministro Alexandre de Moraes.
Constam ainda da lista de convidados os ex-conselheiros jurídicos do Twitter Rafael Batista e Regina Lima e a influenciadora de extrema-direita Bárbara Destefani, investigada por disseminação de informações falsas em 2021.
O pedido aprovado pela comissão faz referência direta aos supostos documentos divulgados por Shellenberger e diz que as informações apontam “possíveis ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para monitorar de forma ilegal, políticos e particulares na rede social X (antigo Twitter)”.
Outras comissões do Senado também receberam requerimentos de convite para audiências com membros do antigo Twitter. Nesta quarta (10), a Comissão de Fiscalização e Controle deve analisar ao menos três, que pedem a presença de Shellenberger e de ex-consultores jurídicos da plataforma.