Segunda-feira, 20 de maio de 2024

Eleições 2022: 10 momentos-chave que definiram campanhas de Lula e Bolsonaro no 2º turno

Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem liderado a maioria das pesquisas eleitorais, e Jair Bolsonaro (PL), que está atrás nas intenções de voto, se enfrentam em um segundo turno presidencial histórico nesse 30 de outubro.

É a primeira vez que dois candidatos que já presidiram o Brasil disputam um segundo turno, e suas campanhas ao longo das últimas semanas foram repletas de momentos marcantes que podem ajudar a definir os resultados neste domingo. Confira, abaixo, 10 deles.

1. Lançamentos das campanhas – As campanhas presidenciais foram lançadas oficialmente no fim de agosto, e embora tenham ocorrido bem antes da definição do segundo turno, trouxeram elementos importantes das candidaturas de Lula e Bolsonaro.

2. Bolsonaro mais forte do que previam as pesquisas – O atual presidente terminou o primeiro turno da disputa presidencial com mais votos do que as pesquisas previam. Enquanto institutos como Datafolha e Ipec mostravam que Bolsonaro conquistaria em torno de 37% dos votos, ele chegou ao segundo turno com 43,2%.

3. Lula e o apoio da “frente ampla” – Lula conquistou aliados importantes, que foram além dos nomes previsíveis da esquerda. Entre os apoios recebidos estão o de ex-opositores: o sutil apoio declarado por Ciro Gomes (PDT) e o apoio vocal e até militante de Simone Tebet (MDB), que tem acompanhado o petista em comícios.

4. Bolsonaro e o escândalo do “pintou um clima” – Em 14 de outubro, durante uma entrevista a um podcast, Bolsonaro disse que “pintou um clima” durante visita a um grupo de meninas venezuelanas no Distrito Federal. Na ocasião, ele associou as adolescentes à exploração sexual.

5. Debate “cara a cara” – No debate exibido pela Band no dia 16 de outubro, Bolsonaro e Lula dialogaram “cara a cara”, sem a intervenção de terceiros por boa parte do tempo, pela primeira vez. Lula focou parte do discurso na má gestão do opositor na pandemia da covid e na economia, enquanto Bolsonaro reforçou mensagens que vinculavam o rival à corrupção.

6. Os “pacotes de bondades” – Conhecidas informalmente como “pacote de bondades”, essas medidas lançadas pelo governo federal para aumentar despesas sociais em pleno período eleitoral serviram para financiar empréstimos consignados, auxílios para famílias e trabalhadores como caminhoneiros e taxistas. As medidas foram turbinadas no último mês, com o anúncio de antecipação das últimas duas parcelas do auxílio pago a caminhoneiros e taxistas. Estima-se que o valor gasto deixe um rombo de R$ 68 bilhões aos cofres da União apenas em 2022.

7. Decisões polêmicas do TSE – Em 20 de outubro, foi aprovada uma resolução que afirma que em casos de notícias falsas que já tenham sido consideradas irregulares pelos integrantes do tribunal, em decisão colegiada, a determinação de retirada do ar vale também para conteúdos idênticos replicados na internet. Isso significa que se uma fake news com conteúdo idêntico a uma já julgada pelo TSE começar a circular, o presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, pode ordenar que ela saia do ar sem a necessidade de uma nova ação de partidos, do Ministério Público ou uma decisão judicial com um pedido.

8. Caso Roberto Jefferson – Na última semana de campanha, o ex-deputado Roberto Jefferson, quando soube que seria preso pela Polícia Federal, disparou mais de 50 tiros e jogou três granadas contra servidores da PF, que ficaram feridos.

9. Busca pelo eleitorado religioso – A religião foi foco importante da disputa no último mês. Notícias falsas de que Lula fecharia igrejas foram espalhadas, às quais o petista respondeu se encontrando com padres e sacerdotes e escrevendo uma carta aberta aos evangélicos. Enquanto isso, Bolsonaro se destacou recebendo o apoio de influenciadores evangélicos e mantendo bom índice de apoio entre as comunidades cristãs.

10. Acusações da campanha bolsonarista – Na reta final do segundo turno das eleições presidenciais, o comando da campanha à reeleição de Bolsonaro recorreu ao TSE alegando que a sua chapa teria sido alvo de “fraude eleitoral”. A suposta fraude teria ocorrido porque rádios das regiões Norte e Nordeste teriam deixado de veicular milhares de inserções (pequenas peças publicitárias) da campanha do presidente, prejudicando o candidato à reeleição.
Na sexta-feira (28), no entanto, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, deu entrevista à Folha de S.Paulo afirmando que se arrependia de ter levantado a questão das inserções e admitindo que, se houve a falta da veiculação, a culpa seria do próprio partido do presidente, o PL.

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