Sábado, 27 de abril de 2024

Imortalidade em risco

O ex-senador Ney Suassuna (Republicanos-PB) vai tentar mais uma vez alcançar a imortalidade: vai concorrer a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. A vaga em disputa era do poeta e diplomata Alberto da Costa e Silva. A situação jurídica de Suassuna, no entanto, pode ser um obstáculo maior que os concorrentes à cadeira na academia. No ano passado, foi acolhida denúncia do Ministério Público Federal que apontava a prática dos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O caso envolvia fraude em contratos de afretamento de navios junto a armadores gregos e à Petrobras. Segundo a denúncia, o esquema gerou perda de US$ 17,6 milhões à estatal e Suassuna foi condenado a 22 anos de prisão (em regime inicial fechado). O ex-senador é primo do escritor Ariano Suassuna (1927-2014), que foi eleito para a ABL em 1989.

Refúgio do pastor

Condenado pelo assassinato de Chico Mendes, Darci Alves pretendia concorrer à prefeitura de Medicilândia (Pará) apostando no voto evangélico. Poucos no município sabem do passado do hoje pastor. Ele recebeu a benção de caciques estaduais do partido para comandar a legenda, mas foi destituído pela presidência do PL. Ficou inconformado e se refugiou na igreja – Assembleia de Deus – que lidera.

Voo distante

Além do racha interno no MDB, conforme registrado pela Coluna, a presença do prefeito Ricardo Nunes (MDB) no ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, distanciou os tucanos que dificilmente apoiarão sua campanha à reeleição. Uma das alternativas do PSDB é lançar candidatura própria, mas falta consenso sobre eventuais nomes.

Beija-mão

Incomunicáveis por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, disputam protagonismo nas articulações do partido para as eleições deste ano. Alheios à vaidade dos caciques encrencados, pré-candidatos e dirigentes estaduais da legenda beijam as mãos dos dois quando passam por Brasília.

Voos domésticos

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado aprovou o projeto ( PL 4.715/2023) que autoriza empresas estrangeiras a operarem voos domésticos na Amazônia Legal. De autoria do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), o objetivo da proposta é baixar o preço das passagens aéreas: “A medida tem o condão de diminuir o poder de mercado das empresas brasileiras”.

“Vem para cá . . .”

Preso ontem na 25º fase da Operação Lesa Pátria da PF, o empresário Adauto Lúcio de Mesquita circulou pelo acampamento no Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília, seis dias antes dos atos de 8 de janeiro. “Vem para cá. Não perde a vez!”, convocava em vídeo. Dono de 21 propriedades rurais, terá que se explicar sobre os valores doados para o movimento golpista.

(Com Walmor Parente, Carol Purificação e Isabele Mendes)

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