Quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Lula pede à Petrobras para “fazer contas” antes de decidir sobre distribuição de dividendos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou auxiliares a pedirem à Petrobras cálculos exatos sobre o quanto a estatal pode distribuir de dividendos ainda este mês, mas sem comprometer a execução do seu plano de investimentos.

Só com esses números em mãos, afirmam interlocutores, Lula vai chancelar ou não a distribuição de dividendos extraordinários, que está retida.

O Planalto controla a mãos de ferro os votos de seus representantes no Conselho da Petrobras, e, desta vez, pode orientá-los a votar pela remuneração extra aos acionistas na reunião do grupo prevista para 19 de abril.

Da última vez, o governo pediu a retenção dos dividendos para tentar melhorar a capacidade de financiamento da Petrobras, garantindo a execução do plano de investimentos. A decisão frustrou o mercado financeiro, e as ações da empresa caíram.

O vento mudou após uma reunião entre os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), ocorrida na quinta no Palácio do Planalto.

De acordo com relatos, o chefe da equipe econômica argumentou pela distribuição extraordinária dos dividendos, até porque a União, enquanto acionista majoritária da estatal, precisa do dinheiro para o governo entregar a meta de déficit fiscal zero.

A argumentação de Haddad, que será levada a Lula para a decisão final, é que a Petrobras está com seu plano de investimento todo atrasado e, assim, não precisará de uma capacidade de financiamento tão elevada neste ano. Isso abriria espaço para a distribuição de dividendos extraordinários, o que também é uma demanda do mercado.

Prates ausente

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, faltou às reuniões da diretoria executiva e do Conselho de Administração da companhia, realizadas nesta sexta-feira (5). Como presidente da companhia, Prates comanda a diretoria executiva e tem uma cadeira no Conselho de Administração — colegiado que toma as decisões estratégicas da Petrobras.

A permanência de Prates no cargo é incerta. O presidente da Petrobras passa por um processo de fritura junto ao Palácio do Planalto, patrocinada pelos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa.

As rusgas se intensificaram depois que Prates se absteve da votação do Conselho de Administração da Petrobras que determinou a retenção dos R$ 43,9 bilhões que seriam distribuídos aos acionistas como dividendos extraordinários.

Nesta sexta, o Conselho de Administração da Petrobras se reuniu novamente para discutir a saúde financeira da companhia e abrir caminho para a distribuição dos dividendos retidos em março.

Quando votaram pelo represamento dos dividendos, os indicados do governo no conselho da Petrobras justificaram a decisão por uma necessidade manter o dinheiro em caixa para conseguir condições melhores de financiamento para os projetos de investimento, reduzindo o nível de risco.

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Só com esses números em mãos, afirmam interlocutores, Lula vai chancelar ou não a distribuição de dividendos extraordinários, que está retida.

O Planalto controla a mãos de ferro os votos de seus representantes no Conselho da Petrobras, e, desta vez, pode orientá-los a votar pela remuneração extra aos acionistas na reunião do grupo prevista para 19 de abril.

Da última vez, o governo pediu a retenção dos dividendos para tentar melhorar a capacidade de financiamento da Petrobras, garantindo a execução do plano de investimentos. A decisão frustrou o mercado financeiro, e as ações da empresa caíram.

O vento mudou após uma reunião entre os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), ocorrida na quinta no Palácio do Planalto.

De acordo com relatos, o chefe da equipe econômica argumentou pela distribuição extraordinária dos dividendos, até porque a União, enquanto acionista majoritária da estatal, precisa do dinheiro para o governo entregar a meta de déficit fiscal zero.

A argumentação de Haddad, que será levada a Lula para a decisão final, é que a Petrobras está com seu plano de investimento todo atrasado e, assim, não precisará de uma capacidade de financiamento tão elevada neste ano. Isso abriria espaço para a distribuição de dividendos extraordinários, o que também é uma demanda do mercado.

Prates ausente

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, faltou às reuniões da diretoria executiva e do Conselho de Administração da companhia, realizadas nesta sexta-feira (5). Como presidente da companhia, Prates comanda a diretoria executiva e tem uma cadeira no Conselho de Administração — colegiado que toma as decisões estratégicas da Petrobras.

A permanência de Prates no cargo é incerta. O presidente da Petrobras passa por um processo de fritura junto ao Palácio do Planalto, patrocinada pelos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa.

As rusgas se intensificaram depois que Prates se absteve da votação do Conselho de Administração da Petrobras que determinou a retenção dos R$ 43,9 bilhões que seriam distribuídos aos acionistas como dividendos extraordinários.

Nesta sexta, o Conselho de Administração da Petrobras se reuniu novamente para discutir a saúde financeira da companhia e abrir caminho para a distribuição dos dividendos retidos em março.

Quando votaram pelo represamento dos dividendos, os indicados do governo no conselho da Petrobras justificaram a decisão por uma necessidade manter o dinheiro em caixa para conseguir condições melhores de financiamento para os projetos de investimento, reduzindo o nível de risco.

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