Quinta-feira, 05 de dezembro de 2024

No Senado, bancada do MDB diminui de 16 para 12 o número de parlamentares

Assim como na Câmara dos Deputados, o PL foi o maior beneficiado no Senado pelo fim do prazo para filiação partidária. A sigla tinha 4 senadores antes da filiação do presidente Jair Bolsonaro, agregou mais 5 cadeiras e agora figura entre as maiores bancadas, com 9 integrantes. O maior perdedor foi o MDB que, com a saída de quatro nomes, caiu de 16 para 12 senadores é não é mais a maior bancada absoluta da Casa – divide agora o posto com o PSD, também com 12 membros.

Por se tratar de um cargo majoritário, os senadores não perdem o mandato caso mudem de partido, mesmo fora da janela. Mas o prazo vale também para confirmarem a filiação a uma sigla caso tenham pretensões eleitorais na eleição de 2022.

Dos quatro senadores que migraram do MDB, dois seguiram a trilha bolsonarista rumo ao PL: o líder do governo no Congresso Nacional, Eduardo Gomes (TO) e o vice-líder no Senado, Carlos Viana (MG) – que tem assumido a tarefa de orientar a base aliada nas votações, já que o governo está sem líder desde que Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) renunciou ao posto, no fim de 2021.

A tendência é que Viana seja efetivado como novo líder do governo, função que dividirá com outra missão em 2022: dar palanque a Bolsonaro como candidato ao governo de Minas Gerais.

Outros dois emedebistas mudaram de partido por questões eminentemente eleitorais: Dário Berger mudou-se para o PSB para ser candidato ao governo de Santa Catarina, cedendo palanque no Estado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Já Luiz do Carmo se viu sem espaço para buscar pelo MDB a reeleição ao Senado em Goiás e, por isso, migrou para o PSC.

O PSD agregou um nome, da senadora Daniella Ribeiro, que saiu do PP e comandará a legenda na Paraíba. O União Brasil, fusão de DEM (quatro senadores) e PSL (dois), chegou a oito cadeiras com as filiações do ex-PSDB Rodrigo Cunha, que será candidato a governador em Alagoas, e de Antônio Reguffe, que pode disputar o governo do Distrito Federal.

O Distrito Federal, aliás, pode ter seus três senadores como candidatos ao Palácio do Buriti: a senadora Leila Barros foi para o PDT após seu antigo partido, o Cidadania, anunciar a formação de uma federação com o PSDB.

Como os tucanos já tem candidato, o também senador Izalci Lucas, Leila teve de buscar outra sigla para concorrer. O atual governador e candidato à reeleição é Ibaneis Rocha, do MDB.

O ex-presidente Fernando Collor, que sofreu impeachment em 1992, e o relator da proposta de reforma tributária que tramita no Senado (PEC 110), Roberto Rocha, são os novos integrantes do PTB, que não tinha representação na atual legislatura no Senado.

Os dois senadores, que estão em fim de mandato, devem disputar a eleição de 2022: Collor, que deixou o PROS e está retornando ao PTB após seis anos, buscará se reeleger senador por Alagoas, enquanto Rocha, que saiu do PSDB, ainda não se decidiu, podendo concorrer ao governo do Maranhão, à recondução ao Senado ou à Câmara dos Deputados.

Tanto Collor quanto Rocha fazem parte da ala de senadores mais próxima do presidente Jair Bolsonaro e contam com esse vínculo com o presidente para terem sucesso nas urnas. Enfrentam, entretanto, os ex-governadores Renan Calheiros Filho (MDB-AL) e Flávio Dino (PSB-MA).

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