Sexta-feira, 25 de abril de 2025

Prevalência de subvariante da Ômicron no Brasil triplicou em um mês, diz Fiocruz

A proporção de casos de Covid-19 da subvariante da Ômicron BA.2 triplicou em um mês no Brasil, aponta boletim da Rede Genômica Fiocruz divulgado nesta sexta-feira (8). As informações mostram ainda que a variante Ômicron substituiu completamente a Delta no País.

O aumento da BA.2 é uma tendência mundial, e um estudo dinamarquês já havia revelado que a subvariante é “substancialmente” mais transmissível do que a BA.1, primeira versão identificada da mutação.

Segundo a Fiocruz, em fevereiro, a BA.2 representava 1,1% dos casos sequenciados de Covid-19. Em março, essa proporção subiu para 3,4% no Brasil. Há duas semanas, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) já mostrava que a sublinhagem BA.2 da variante Ômicron estava se tornando predominante no mundo, com 85% dos casos sequenciados a nível global sendo correspondentes à sublinhagem.

Embora seja mais transmissível, e tenha levado a um aumento das infecções em países da Europa, especialistas não têm observado uma mudança no quadro clínico da BA.2, e a prevalência da subvariante não tem provocado mudanças significativas nas taxas de óbitos pela doença.

Além disso, a infecção pela BA.1 confere proteção para a sublinhagem BA.2. Um estudo dinamarquês mostrou que a reinfecção nesse caso é rara, e que 89% das pessoas que tiveram um segundo diagnóstico da Ômicron não tinham tomado nenhuma dose de vacina contra a Covid-19.

Subvariante XE identificada no Brasil

A nova subvariante XE da Ômicron – resultado de uma recombinação entre as sublinhagens BA.1 e a BA.2 e potencialmente ainda mais transmissível– foi detectada no Brasil. O caso é de um homem, de 39 anos, morador da cidade de São Paulo, e foi identificado a partir do sequenciamento genético realizado pelo Instituto Butantan.

Trata-se de uma amostra coletada no dia 7 de março e que veio de fora do País, segundo laudo do Butantan. Os sintomas começaram em 17 de fevereiro, e o homem já está recuperado. A nova subvariante foi detectada pela primeira vez no dia 19 de janeiro no Reino Unido e, de acordo com a última atualização da autoridade de saúde do país, foram detectados 637 casos até agora.

Em sua última atualização do boletim epidemiológico, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que dados iniciais indicam uma transmissibilidade 10% maior da XE, mas ressalta que ela “pertence à variante Ômicron até que diferenças significativas na transmissão e nas características da doença, incluindo gravidade, possam ser relatadas”.

Além disso, especialistas ressaltam que a XE não parece oferecer riscos para uma nova onda da Covid-19 no Brasil e reforçam que as vacinas atuais devem continuar protegendo contra desfechos graves da doença.

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