Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Corpo de homem-bomba de Brasília é retirado da Polícia Federal por familiares

O corpo de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como o homem-bomba que atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), foi retirado nesta quinta-feira (5) do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF) por familiares, em Brasília.

O corpo havia sido liberado pelos peritos poucos dias após o atentado, mas permaneceu no local devido à ausência de familiares que se apresentassem para reclamá-lo. Caso o corpo de Francisco não fosse retirado pelos familiares, ele seria encaminhado para o serviço social devido a ausência de responsável.

No dia 13 de novembro, Francisco lançou duas bombas contra o prédio do STF. A primeira falhou, mas a segunda detonou, espalhando fragmentos de metal impulsionados por pólvora em um tubo de PVC.

Ele acendeu um terceiro artefato explosivo e se deitou sobre ele, causando a própria morte. De acordo com a perícia da PF, a causa foi traumatismo encefálico por explosão.

“Como provável dinâmica, os achados necroscópicos suportam que o indivíduo, já deitado e com a cabeça encostada no chão, teria segurado o artefato explosivo com a mão direita, contra a própria cabeça, em contato com a pele”, destaca o laudo de 66 páginas.

No mesmo dia do atentado ao STF, Francisco também detonou explosivos em seu carro, que estava estacionado no Anexo 4 da Câmara dos Deputados. Segundo o irmão de Francisco, Rogério Luiz, ele era solteiro, atuava como chaveiro e tinha dois filhos, de 37 e 38 anos, do primeiro relacionamento.

No Boletim de Ocorrência, também consta que o homem compartilhou mensagens pelo aplicativo WhatsApp que antecipavam o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, “manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições”.

A localização de parentes de Francisco foi dificultada pelos desdobramentos dos fatos que levaram a sua morte. A ex-esposa do homem, Daiane Dias, faleceu na última terça-feira (3). Ela estava internada desde o dia 17 de novembro, quando ateou fogo em uma residência de Francisco, localizada em Santa Catarina.

Daiane ficou ferida na ocorrência e chegou a ser resgatada por um vizinho com queimaduras por todo o corpo. Ela estava internada desde o dia 18 de novembro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tereza Ramos, em Lages (SC).

A Polícia apura agora as motivações, mas suspeita que ela enfrentava transtornos relacionados à saúde mental. Em nota, o delegado Bruno Reis, que conduz as investigações de autoria e responsabilidades do incêndio, diz que Daiane “adquiriu produto inflamável no amanhecer de hoje em um estabelecimento comercial da cidade”.

“Em seguida se deslocou até sua residência, local dos fatos, e provocou o incêndio tendo permanecido no interior do imóvel”, diz o comunicado.

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