Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Isenção do Imposto de Renda de até R$ 5 mil ficará para o ano que vem, diz o ministro das Relações institucionais

O ministro das Relações institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (5) que as discussões do projeto que isenta a cobrança de Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil deve ficar somente para o ano que vem.

“O governo tinha uma obrigação pela própria reforma tributária que estabelecia uma obrigação para o governo encaminhar, ainda neste ano, a proposta de reforma do Imposto de Renda”, disse.

“Tudo isso era um compromisso do presidente Lula, de até o fim do seu mandato garantir que quem ganha até R$ 5 mil não paguem imposto. Esse debate vai acontecer ao longo do ano que vem, debate público, audiências públicas e um compromisso muito nítido”.

Padilha também comentou sobre a necessidade de perseguir a estabilização do arcabouço fiscal e comemorou a Câmara dos Deputados ter aprovado a urgência da apreciação do projeto de corte de gastos enviado pelo governo.

“Quero agradecer ao presidente Arthur Lira e aos líderes da Câmara que se esforçaram bastante. Isso mostra que tem ambiente, sim, no Congresso Nacional para terminarmos o ano com o arcabouço fiscal ainda mais forte e robusto”.

Estudo do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da USP (Made-USP) sobre os efeitos econômicos das mudanças no imposto calcula que 23 milhões de trabalhadores ocupam hoje a faixa de renda entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil mensais. São estes os principais beneficiários da proposta, caso aprovada. Já a classe média como um todo, que vai além dos que ganham até R$ 5 mil, é estimada em 43% da população pelo Ministério do Desenvolvimento Social.

Na pesquisa da Quaest de setembro, quem ganha até dois salários avalia o governo de forma positiva em diferentes pontos do questionário com razoável vantagem, enquanto os mais ricos desaprovam. Ainda há um longo caminho até a eventual aprovação das mudanças no imposto de renda, mas a leitura política sobre a proposta passa por incrementar a popularidade de Lula na classe média, indicador decisivo para a eleição de 2026.

O levantamento daquele mês, último antes do que será divulgado na semana que vem, mostra que 51% dos entrevistados que ganham entre dois e cinco salários aprovam o trabalho de Lula, contra 46% que desaprovam. Trata-se de empate técnico dentro da margem de erro de três pontos para mais ou para menos. Se aqui o resultado é rachado, os números descolam no estrato dos que recebem até dois salários — 62% de positivo a 32% de negativo — e no dos que abocanham mais de cinco por mês, em que o petista é aprovado por 40% e reprovado por 57%.

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