Domingo, 19 de maio de 2024

Paraná desativa 14 praças de pedágio e libera cancelas após fim de contratos de concessão

As cancelas de 14 praças de pedágio do Paraná administradas por três concessionárias foram liberadas à 0h deste sábado (27). Com isso, as rodovias devem ficar sem cobrança por pelo menos um ano.

Os contratos da Econorte, Viapar e Ecocataratas terminaram após 24 anos de concessão — marcada pelos pedágios mais caros do país. Veja mais abaixo quais são as praças.

O tráfego de veículos nas praças passou a ser feito pelas laterais, visto que as faixas centrais foram bloqueadas. O mesmo padrão deverá ser seguido em todas as praças desativadas.

Desde sábado, os trechos administrados pela Viapar e Ecocataratas estão sob responsabilidade dos governos estadual e federal.

Já as rodovias do lote da Econorte continuarão com serviços prestados pela concessionária, mas também sem cobrança de pedágio.

A Econorte e o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) fecharam um acordo no início deste mês para que a concessionária preste serviços de atendimento pré-hospitalar e de guincho em troca de uma obra de R$ 14 milhões que não será feita.

Praças com cancelas abertas a partir deste sábado:

— Econorte: Jacarezinho (BR-369); Jataizinho (BR-369); Sertaneja (PR-323).
— Viapar: Mandaguari (BR-376); Castelo Branco (BR-376); Arapongas (BR-369); Floresta (PR-317); Campo Mourão (BR-369); Corbélia (BR-369).
— Ecocataratas: Candói (BR-277); Laranjeiras do Sul (BR-277); Cascavel (BR-277); Céu Azul (BR-277); São Miguel do Iguaçu (BR-277).

Entre as praças liberadas neste sábado, está a que tinha o pedágio mais caro do Paraná, em Jataizinho, na região norte. Até a sexta-feira (26), o preço cobrado era de R$ 26,40 para carros.

À 0h de domingo (28), seriam liberadas outras 13 praças de pedágio administradas pelas concessionárias Caminhos do Paraná, Rodonorte e Ecovia.

Socorro

Com a saída das concessionárias, os motoristas ficarão, por tempo ainda indeterminado, dependentes do serviço público ou de seguros particulares para atendimento de ocorrências, que vão de troca de pneus a acidentes.

“Alguns serviços que eram prestados pelas concessionárias serão interrompidos. Em acidentes leves, que não tenham vítimas, o motorista pode retirar o veículo da pista e sinalizar, podendo entrar em contato com a PRF para tirar dúvidas quanto ao procedimento”, explicou Maciel Junior, da comunicação social da PRF.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Júnior, a corporação sempre atuou nas rodovias auxiliando as concessionárias em acidentes. “A diferença é que agora vamos absorver as demandas que elas recebiam pelo 0800 e atuar juntamente com o Samu”, disse.

As rodovias estaduais serão de responsabilidade do DER-PR, e as federais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Os órgãos abriram uma série de licitações para a prestação de serviços de manutenção e socorro nas estradas.

As empresas vencedoras vão fazer a conservação do pavimento, controle de vegetação próxima às pistas, drenagem e sinalização dos trechos. A validade dos serviços que estão sendo contratados é de até dois anos.

Novo pacote

O novo pacote de concessão é formado por rodovias estaduais e federais. São 2,3 mil quilômetros das concessões que estão terminando e outros 1 mil quilômetros de novos trechos.

Os contratos de pedágio vão ser divididos em seis lotes, que vão a leilão separadamente. A decisão de cada um dos lotes será feita por disputa livre na bolsa de valores. Vence a empresa que conceder o maior desconto na tarifa base.

A perspectiva é que o pregão ocorra em 2022, com assinatura do contrato no último trimestre do ano. O Governo do Paraná estima que as novas tarifas sejam de 40% a 50% mais baratas que se pagava nas concessões que estavam em vigor.

Serão criadas 15 novas praças de pedágio no Estado. Entre as obras previstas no pacote, estão a duplicação de quase 1,8 mil quilômetros e a instalação de rede de internet wi-fi em todos os trechos de concessão.

O modelo também prevê a construção de 10 contornos urbanos e faixas adicionais em rodovias já duplicadas, terceiras faixas, além de câmeras de monitoramento e iluminação em LED.

A maior parte das obras devem acontecer nos primeiros sete anos de concessão. Os novos contratos devem valer por 30 anos.

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